Charles e Keren finalmente solidificam o sentimento intenso e avassalador existente entre eles, então embarcam em viagens conhecendo um pouco do mundo. Não desistem e lutam ao máximo pela vida de Charles, que começa a fazer o tratamento médico com a...
Meu corpo todo tremia mas eu tentava me manter firme mesmo com aquelas armas apontadas para mim e Endley.
- Por favor, senhor, acalma-se... (Peço com minha voz falhando por nervosismo). - Calma o caralho, sua dondoca. Manda agora teus seguranças tirarem suas armas.
Ordenou um dos homens que me segurava e eu engoli seco olhando para Percy e Clark que estavam com as mãos acima da cabeça em rendição.
- Façam o que ele pede. (Ordenei). - Senhora, não podemos... (Percy tentou argumentar). - Coloca a arma no chão, caramba!
Gritou o sequestrador precionando a arma mais em minha cabeça e eu engoli seco sentindo meus pelos se arrepiarem de medo.
- Faz logo o que ele tá mandando, Percy! É uma ordem! (Eu grito quase em desespero).
Sem pensar duas Percy e Clark tiram suas armas da cintura e jogam no chão.
- Vamos logo!
O sequestrador me puxou com força e eu tentei não resistir enquanto eles me colocavam dentro do carro junto com Endley ao meu lado, rapidamente ela me deu sua mão e estávamos ambas tremendo e geladas. Ela me olhou assinada e eu não tinha como dizer que ia ficar tudo bem, pois eu não tinha certeza alguma. Percy e Clark estávamos desarmados e cercados, não tinham tanto o que fazer. Os homens começaram a entrar correndo nos carros e vários ficaram ao nosso redor enquanto um já esperava no volante, então meu coração deu um salto ao ouvirmos um tiro e Endley apertou mais minha mão. Eu soltei um grito assustada e o carro começou a se mover em alta velocidade, olho para atrás pelos vidros e vejo que não há marcas de sangue pela calçada mas que o pneu da frente do carro estava furado e que eles haviam tomado as armas de meus seguranças provavelmente para impedir que nos sigam.
- Pelo amor de Deus, para onde estão nos levando?! (Eu digo desesperada). - Por favor, não façam nada com a gente. (Endley chora se tremendo). - Da para calarem a boca! (Grita um dos sequestradores a minha frente).
Eu engulo seco enquanto o carro continua a se mover em alta velocidade sabe lá Deus para onde, mas eu insisto. Não posso deixar que nos levem.
- O que querem?! Digam o que querem, é dinheiro?! Eu tenho cartões, posso sacar... (Tento argumentar mas me interrompem). - Cala essa boca, porra! (Gritou um deles e eu me encolhi). - Bota elas pra dormir, Clenc. (Ordenou ele a um dos capangas e eu arregalei os olhos). - O que?! Não, por favor. Não! (Falei desesperada tentando me debater enquanto o mascarado via até nós). - Parem!! Não!! Parem!!
Gritou Endley enquanto um homem com um lençol molhado na mão segurou ela com força, e eu gritei também me debatendo quando o outro homem me segurou com força vindo atrás de mim.
- Por favor, eu tô grávida!! Parem!! (Eu grito mas o homem segura firme meus braços). - Juro que se ficar quieta vai ser mais fácil.
Sussurrou o homem mascarado atrás de mim em meu ouvido e eu arregalei os olhos balançando a cabeça enquanto ele colocava um lenço também molhado em meu nariz e boca.
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Olho para Endley, ela se debatia menos e eu me desesperei.
- Endley!! (Tentei gritar atrás do pano). - Por favor parem! Eu tô grávida! Parem! (Tento gritar mas o pano abafa qualquer som meu).
Tento me debater mas aos poucos aquele cheiro do lenço molhado vai me embriagado, minha vista começa a embarcar e meu corpo ficar mais pesado.
- Por favor... eu tô... eu tô... grávida...
Minha voz não passa mais de sussurros e então tudo se escurece ao meu redor enquanto me entrego aquela sonolência pesada. [...]
{POV. Charles}
Meu terminei meu almoço e já estava em uma reunião na empresa, falávamos sobre como será as ampliações de nossas tecnologias quando sinto meu celular vibrar no bolso da frente do calça de meu terno. As mesas de minha enorme mesa de reuniões estavam lotadas e eu tive que parar minha explicação para verificar minha locação, e junto minhas sombracelhas em confusão ao ver que se trata de Clark a me ligar.
- Só um minutinho, desculpem atrapalhar mas preciso atender.
Digo erguendo a mão e eles assentem ficando em silêncio enquanto eu atendo meio preocupado sentindo um aperto em meu peito, afinal eles raramente me ligam.
{Ligação On} - Oi Clark, pode falar. - Senhor, senhor... aconteceu algo... algo...
A voz de Clark sai desesperada ao telefone e meu coração se agita enquanto eu dou um salto na cadeira fazendo todos se assustarem.
- Clark, o que houve? Onde está Keren? (Pergunto tentando controlar meu desespero). - Senhor, nós tentamos fazer o possível mas eram muitos e nos renderam. (Lhe interrompo). - Clark, pelo amor de Deus, fala que caralhos aconteceu. (Digo entre dentes fechando minhas mãos em punhos). - Senhor, a senhora Keren foi sequestrada. {Ligação Off}
Minhas mãos falham e meu celular se vai ao chão junto comigo, meu mundo desabou. [...]
{POV. Keren}
Meus olhos pesam e meu corpo dói como se eu tivesse sido jogada de qualquer jeito em qualquer lugar, entretanto sinto alto macio debaixo de meu corpo. Uma cama. Respiro fundo tentando pensar que tudo não se passou de um pesadelo horrível, abro meus olhos e dou de cara com um teto branco todo empoeirado e cheio de teias de aranhas, não conheço nenhum lugar assim. Tento me levantar mas não consigo me arquear muito pois um de meus braços está algemado a cabeceira da cama, meu coração se dispara. Não, não foi um pesadelo. Olho para o lado e sinto um leve alívio, algemada também a cama está Endley ainda dormindo provavelmente dopada.
- Endley, amiga acorde. Endley. (Eu a chamo baixinho lhe balanço com minha mão disponível).
Merda, merda, merda. Toda essa merda não foi um pesadelo.
- Ela não vai acordar ainda, a dose que demos a ela é mais forte porque tava mais agitada.
Ouço a voz de alguém atrás de mim e dou um salto na cama olhando para atrás, então meus olhos se arregalam com a pessoa sentada em uma cadeira encostada na cadeira com um sorriso psicótico.
