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Já que eu não bebo, sou eleita a motorista da rodada. Estou até me acostumando com isso, mas confesso que estou ansiosa para dar adeus aos medicamos e poder voltar a beber socialmente com meus amigos.

O lugar que Alfonso nos leva está bombando e é um pouco difícil conseguir achar uma vaga para estacionar na rua, mas vale a pena. A banda toca um forro antigo, tem casais na pista de dança, o bar está realmente lotado e demoramos para achar uma mesa boa vaga. Meus amigos não demoram para pedir as bebidas e eu não demoro em pedir a comida, para variar.

— Liguei para o Paco quando vocês estavam se arrumando, ele disse que ia tentar vir.

— Nem sabia que ele estava na cidade essa noite.

— Ele está em um seminário, parece que amanhã de manhã vai ter também, por isso ele não sabe se vem mesmo.

— Entendi. Ponchito, vamos dançar, estou animada!

Alfonso revira os olhos, mas sorri largamente ao me acompanhar para a pista de dança. Nós dois sempre acabamos na pista juntos, gostamos de dançar e Anahí e Paco sempre cansavam rapidamente. Não importa o ritmo ou a festa, sempre acabamos ali.

— Estou fora de forma, já estou com sede — resmungo em seu ouvido depois da quinta música.

— Somos dois, estou realmente ficando velho.

Seguimos para a mesa rindo e me surpreendo ao ver Christian e Christopher sentados com as meninas.

— Aquele não é seu vizinho?

— Ele mesmo.

— Você o chamou? — Alfonso me olha preocupado e rapidamente entendo o motivo. Ele convidou Paco e a ceninha no aniversário de Isabelle não lhe passou despercebida.

— Não, mas... Já conversei e deixei as coisas explicadas para ambos.

Alfonso assente, mas por sua expressão, eu sei que duvida que a conversa tenha qualquer efeito em um novo reencontro. Quando chegamos à mesa, cumprimento os dois e me sento ao lado de Christopher, que rapidamente se inclina em minha direção.

— Christian insistiu para que eu viesse, mas daqui a pouco vou embora, não se preocupe — o olho confusa.

— Por que está me dizendo isso?

— Sei que não ficou confortável da outra vez e não quero impor minha presença assim. Vi como ficou quando me viu aqui.

— Não é isso, Chris — aperto carinhosamente seu joelho por baixo da mesa — Talvez Paco venha e não quero nenhuma outra disputazinha infantil. Fora isso não vejo nenhum problema em você ficar.

Agora que minhas amigas já sabem do meu envolvimento com ele e que não revelariam nada sobre o meu passado, eu não tinha nenhum motivo para ficar tensa. Gosto da companhia dele e sei que meus amigos também gostariam.

— Se eu prometer que só chegarei perto se o primeiro passo partir de você, se incomoda que eu fique?

— Claro que não. Você precisa aproveitar sua babá e se divertir também — brinco, fazendo-o rir baixo.

Não demora nenhum um pouco para Christopher e Christian se entrosarem com os outros. Em menos de duas horas, estamos rindo como se os conhecêssemos a vida inteira. O clima é agradável, eles bebem, eu como, dançamos e Christopher cumpre sua promessa, não tenta se aproximar, apesar de continuarmos sentados lado a lado e interagirmos normalmente.

Estou prestes a pedir Alfonso para irmos dançar, quando ele e Anahí levantam. Faço biquinho para ele que ri.

— Duas músicas, parceira!

O vizinho de cimaOnde histórias criam vida. Descubra agora