Londres

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Londres era uma cidade cercada por muralhas, na beira do rio Tâmisa. As ruas eram estreitas, tortuosas e lotadas. Mercadores ricos misturavam-se aos artesãos e mendigos que dependiam da caridade da Igreja para sobreviver.

Apenas os ricos e os nobres tinham casas de pedra. Muitos eram os pobres, e a maioria das casas haviam sido construídas com madeira e telhados de palha. O medo de um incêndio era constante.

Acima da casas se destacava a Torre Branca, uma majestosa fortaleza  na beira do rio, construída por William, o conquistador normando.

Eu e Jack andávamos pelas ruas puxando nossos cavalos pelas rédeas e nos desviando dos mendigos e das crianças que vinham nos pedir esmolas. Eu virava o rosto de um lado para o outro, preocupado, vigiando nossos pertences. Ladrões infestavam as ruas, assim como prostitutas que não cansavam de chamar nós dois para becos escuros.

Praguejando por dentro, eu já me arrependia de minha escolha. Por que decidira ir até aquela cidade cheia de perigos? E para piorar, o calor de inicio de verão fazia o mal cheiro subir do rio e se misturar com o fedor das muitas pessoas acumuladas em um só lugar.

Jack, no entanto, parecia maravilhado. Acho que nunca vira tanto movimento em sua vida... Em cada canto, ele parava. Examinava detidamente as bancas das lojas ou alguém que se vestia com um traje extravagante, conversava com os mendigos e até mesmo fizera amizade com uma das prostitutas que nos cercavam, provavelmente atraídas pelo meu vestuário suntuoso e pelos nossos cavalos de raça.

É claro que eu poderia ter seguido para a fortaleza real e pedido para nos hospedar lá por algum tempo. Mas o que eu queria na cidade era o anonimato, e isso eu não teria em meio aos nobres. Portanto, venci meu mal humor e pedi para um dos comerciantes nos indicar a melhor estalagem da cidade.

Era o fim de tarde quando chegamos. Uma mansão murada semelhante a um pequeno castelo, com estábulos e tudo, próxima a Torre.

Nossos cavalos foram levados aos estábulos, e nós dois para um aposento de paredes recobertas por tapeçarias, móveis ornamentados e uma grande cama.

— Espero que o quarto o satisfaça, meu lorde... — O gorducho e calvo estalajadeiro esfregava as mãos, após eu ter concordado com o preço astronômico que pedira pela estadia. — Seus escudeiro poderá dormir ali — continuou, apontando para um colchão fino, ao lado da cama.

— Sim! É perfeito! — Eu apressei-me a concordar, vendo que meus pertences já eram trazidos por criados e guardados nos baús.

Um pouco depois, todos saíram e deixaram eu e Jack a sós.

Ele esperou a porta se fechar e, aproximando-se, abraçou-me com um sorriso.

— Você não me parece feliz? Qual o problema?

Sim... Havia um problema. Meu pai me deixara dinheiro o suficiente para nos levar até o encontro do rei Henrique na Aquitânia. Quando eu me colocasse a disposição do rei, este naturalmente deveria retribuir com alimentação, hospedagem, roupas e armas. Meu sustento passaria a ser uma responsabilidade da corte.

GillianWhere stories live. Discover now