Capítulo quarenta e quatro

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De muito mal agrado, a reunião que Austin exigirá para o conselho fora atendida. E no horário combinado, ele encarava uma mulher e um homem sorridentes e todos os outros indivíduos, ranzinzas e mal humorados.

- Por quanto tempo mais teremos que esperar seus convidados de honra? - Tobias elevou a voz para o guardião, dava para sentir a raiva dele.

- Eles já estão a caminho. Já lhe disse isso. - Austin também elevou sua voz e fechou a cara.

O outro iria argumentar novamente mas escutaram passos se aproximando e todos se viraram na direção da porta.

- O que eles estão fazendo aqui? - a reação do conselheiro não poderia ser outra. Ao ver entrando pela porta ambos antigos inimigos do Reino que apesar de por muitos serem visto como aliados na atualidade, o passado ainda os condenava.

- Não disse? Aí estão eles. - Austin falou, nada surpreso porque sabia que seria com aquelas expressões que eles seriam recebidos.

- O que o traidor e o inimigo estão fazendo no nosso castelo, garoto? VOCÊ ENLOUQUECEU? - Ah sim, se falassem para o guardião que ele um dia estaria ao lado daqueles dois e sentindo raiva de quem os ofendesse, ele acharia que o mesmo estava louco, mas ele próprio parecia ter enlouquecido.

- Eles são nossos aliados a anos, você sabe. - Ele manteve sua voz em tom profissional, mesmo que o outro estivesse elevando cada vez mais, a sua, Tobias até ficava engraçado vermelho de raiva.

- Eles são monstros. - disparou, daquela vez se levantando e batendo os punhos na mesa.

- Por que os está julgando? Você não é muito melhor do que eles.

todos foram pegos de surpresa quando de modo teatral a porta fora aberta, revelando a figura poderosa de uma mulher loura, usando roupas ousadas e uma capa vermelha.

- Ca-Cassandra? - fora possível ver que Tobias não só ficara surpreso com a presença da humana, mas também intimidado.

- Olá, conselheiro. - ela ergueu o queixo de forma a ficar ainda mais ameaçadora. - Como eu ia dizendo... Por que os julga quando usou um feitiço para torturar uma garota inocente?

- Eu, eu... Não tenho ideia do que está dizendo. - Ele tremeu, ciente de que o que fizera com aquela humana, mesmo que acreditando estar em seus direitos, era extremamente errado e não seria aceito pelo povo bondoso daquele lugar, ninguém ali permitia crueldade e covardia.

- Bom, então podemos coloca-lo diante de algum feitiço da verdade. - Austin foi a favor da humana, tinha preparado uma resposta especialmente para aquela mentira do conselheiro.

- Não! Isso não... - Tobias falou, se atrapalhando.

- O que você fez, conselheiro? - Nessa altura, não havia mais como o homem negar, ele e seu próprio comportamento haviam lhe entregado e um dos outros o olhava com impaciência.

- O QUE TINHA QUE SER FEITO! - ele aumentou ainda mais sua voz.

- VOCÊ ME TORTUROU, SEU DOENTE! - Cassandra apoiou as duas mãos na mesa, seus cachos caíram para os lados cercando seu rosto enquanto ela o inclinava mais para perto de Tobias.

- Porque você traiu a coroa. - Ele rebateu, achando que aquele argumento era bom o bastante para justificar seus atos cruéis.

- E quais provas você tem? - o mais velho dos conselheiros, aquele de cabelos grisalhos, expressão cansada e olhos que transbordavam serenidade e gentileza, questionou.

- Porque eu vi nas câmeras! - Cuspiu com fúria e cheio da razão.

- O mais interessante é que você nem percebeu que para abrir aqueles portões precisa ter as digitais de pessoas específicas, Cassie não é uma delas. - Sebastian estava indignado com o fato de a vontade de Tobias de culpar Cassandra por algo ser tanta, que ele nem fora a fundo na investigação, porque ele queria que fosse ela.

(CONTINUAÇÃO) Encantada - O reino amaldiçoadoWhere stories live. Discover now