Capítulo Trinta

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Amanda Linhares

Atravessei a porta do quarto da Rebeca ainda incrédula, não acreditava que estava voltando de um encontro com o Diogo. Me arremessei na cama sorridente, querendo gritar de felicidade.

— Conta tudo! — a Rebeca disse animada, pulando do meu lado.

— Foi incrível! — disse animada — Ele é perfeito, sabe conversar e é um amor! — parecia que a qualquer momento eu iria explodir.

— Como foi? Cês fizeram o quê? — perguntou animada.

— Fomos pro mirante do Leblon, daí a gente comeu açaí, fomos pra praia do Pepê e depois a gente foi pra casa dele. — contei animada.

— Peraí, vocês transaram?! — perguntou incrédula — Amanda, eu não acredito!

— Quem transou? — seu irmão entrou no quarto sem bater, querendo participar da conversa — Transou? — me olhou curioso.

— Não! — disse rindo — Gente, pelo o amor de Deus! A gente só viu um filme e depois ele me trouxe.

— Deu mole. — Miguel riu, vindo até nós, deitando na cama também.

— Alguém te chamou? — a Rebeca perguntou o empurrando.

— Ih, sai daí. — disse rindo — Ele pelo menos pagou tua comida? — me olhou.

— Eu nem vi ele pagando meu açaí, levei dinheiro e nem mexi nele. Será que ele me achou interesseira ou acomodada? — me sentei na cama, realmente pensativa sobre aquilo.

— Não, amiga. Foi só um açaí e ele não fez mais que a obrigação dele, ele que te chamou pra sair. — a Rebeca disse rindo.

— Que isso, só comeu um açaí? — Miguel me olhou incrédulo.

— Eu não tava com fome. Se eu comesse muito eu ia vomitar de tanto nervoso. — ri.

— Caralho, duvido! Se eu fosse você tinha falido ele. — disse rindo — Ia pedir tudo o que eu visse. Milho, churrasco, bolo, ih... Esquece! — gargalhou.

— Ninguém é sem noção igual a você. — a Rebeca levantou da cama — Agora sai do meu quarto, a gente ainda tem que dormir. — disse o puxando pelo braço.

— Calma, eu já tô indo. — disse levantando — Chata, mané.

— Vai embora. — disse o empurrando quarto afora.

— Boa noite, Amanda! — ele gritou, bem humorado.

— Boa noite, Miguel! — o respondi, rindo.

A Rebeca fechou a porta e voltou à cama como um furacão, doida pra saber de mais coisas.

— Fala a verdade, transou? — perguntou como se fosse caso de vida ou morte.

— Não. — riu.

— Rolou nada, nadinha? — apertou os olhos.

Gargalhei com sua interrogação.

— A gente quase transou, mas...

— Eu sabia! — bateu as mãos, como se tivesse solucionado o maior caso da sua vida.

— Mas rolou nada além de beijo. — a tirei as esperanças.

— Nem mão boba? — perguntou ainda esperançosa.

— Não. — ri — Mas nem precisou de nada disso pra ter sido perfeito. — suspirei — Rebeca, eu acho que tô gostando dele mesmo. — a olhei.

— Ah... — disse rindo e me abraçando de lado, colando nossas bochechas — Tá apaixonada! — zombou.

Entre A Paz E O CaosWhere stories live. Discover now