CAPÍTULO 10: DOR E VINGANÇA

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AMÉLIA TORETTO

Com minha jaqueta na mão, eu saí da enfermaria e caminhei até onde a minha família estava espalhada. Letty estava apreensiva ao lado dos rádios, Ramsey, Tej e Roman estavam debatendo sobre algo que não me interessava e, acredite ou não, Decks e Hobbs estavam conversando e trabalhando juntos em um motor. Quando chegamos em Nova York, graças a um caminhão que fedia a peixe, cada um escolheu um carro e teve o direito de trabalhar nele. Eu não trabalhei no meu, já que estava ocupada demais tentando colocar o meu ombro no lugar e tapear a dor.
Passei por todo mundo e fui até o Audi branco que tinha ficado pra mim. Deixei a jaqueta no teto e abri o capô, observando algumas mudanças feitas ali.

— Vai querer suspensão magnética também? — a voz de Decks me faz arrepiar, mas eu permaneço observando o motor

— Ainda se lembra do que eu gosto?

— Fui eu que te ensinei a gostar do melhor. — para do meu lado

— Você continua tão modesto quanto eu me lembrava. — me permito rir um pouco

— Escuta, sobre o Owen, eu deveria ter feito alguma coisa.

— Mas estava ocupado demais me ignorando, porque não queria uma pirralha apaixonada na sua cola.

— Por que você é tão pejorativa, quando se trata do que eu penso sobre você?

— Então não me acha uma pirralha? — cruzo os braços e o olho, erguendo uma sobrancelha

— Bom, você me dá menos trabalho que o Owen. — ele me olha, divertido

— Qualquer um dá menos trabalho que ele.

E então aconteceu. Deckard abriu aquele sorriso que eu tanto amava e eu quase desfaleci, sentindo minhas pernas moles como gelatinas.

 Deckard abriu aquele sorriso que eu tanto amava e eu quase desfaleci, sentindo minhas pernas moles como gelatinas

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Evitei suspirar e voltei minha atenção para o motor do carro.

— Reforçou meu capô. — murmuro — Obrigada.

— Disponha. — murmura — E o seu ombro?

— Vou viver à base de morfina até pegarmos o Dom, mas vou sobreviver. — dou de ombros checando o NOS

— Isso pode piorar sua situação, com o tempo.

— Então, temos que pegá-lo logo.

— E qual é o seu plano? — ele senta no meu capô, cruza os braços e me olha

— Segurá-lo pelos ombros, dar três tapas na cara dele e continuar sacudindo até que ele volte ao normal. — o olho

— Tá andando demais com a mamãe. — ele sorri — Mas estou orgulhoso. — pisca pra mim

Não está facilitando minha vida, Deckard.

Sinto minhas bochechas esquentarem e abaixo a cabeça, desviando o olhar. Acho que ele percebe, pois fica em silêncio por um tempo.

Bring Me Back - O Retorno de TorettoOnde histórias criam vida. Descubra agora