CAPÍTULO 12: TRÉGUA

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DOMINIC TORETTO

O corredor do hospital militar havia ficado pequeno pra tanta gente. Roman, Tej, Ramsey, Letty, Mia, Brian, Mike, Laura, Deckard e eu estávamos sentados esperando notícias há umas seis horas. Eu já não aguentava mais ouvir o barulho dos ponteiros do relógio e, quando o médico se aproximou, pude ouvir o suspiro coletivo.

— Tivemos alguns problemas durante a cirurgia, mas tudo foi contornado. — o médico explica — Ficaremos de olho nas próximas quarenta e oito horas, ver como ela vai reagir à nova prótese.

— Ela está fora de perigo? — Deckard pergunta

— Todas as cirurgias têm riscos, senhor Shaw, mas ela superou esses com bravura. — sorriu gentil — Os riscos, agora, são do pós-operatório. Vamos dar um passo de cada vez.

— Ela já pode receber visita? — Mia pergunta afobada

— Ela pode ficar com um acompanhante e apenas uma visita de cinco minutos, ok? Quem vai ficar com ela?

— Eu. — Deckard e eu dissemos juntos

— Sem chance, Toretto. — ele me olha — Eu fico com ela.

— Sei, só nos seus melhores sonhos. — digo — Eu sou o irmão dela.

— E vai começar. — Letty murmura

— Eu fico com ela. — Mia diz

— Hospital não é lugar pra uma grávida. — a olho — Pode ir, eu fico.

— Sem. Chance. — Deckard diz pausadamente

— Eu fico com ela hoje, até vocês decidirem quem vai ganhar esse concurso de testosterona. — Letty diz — Entrem em um acordo.

— Me acompanhe para a esterilização, por favor. — o médico diz e sai andando, sendo seguido pela minha esposa

— Você é mesmo um inconveniente. — Shaw cruza os braços

— Ela é minha irmã. — cruzo os braços

— Vai começar o duelo! — Roman bate palmas — Careca Completo versus Careca Metade, vamos ver quem ganha.

— Aposto dez pratas no Shaw. — Brian diz e eu o olho — Que foi? O cara tem habilidade.







DECKARD SHAW

Ela parecia serena ao dormir. Pela manhã, retiraram os respiradores e ela já conseguia respirar sem fazer barulhos altos. Desde ontem, quando saiu da cirurgia, ela só dorme e tem alguns espasmos. Letty disse que foi assim o tempo todo, até eu entrar.

Me inclinei na cama, ficando com o rosto bem próximo ao dela. Tão próximo que ela com certeza sentia minha respiração. Observei os traços de seu rosto, como as sobrancelhas desenhadas naturalmente, os lábios, o sinal. Ela parecia um pouco mais pálida, mas ainda estava linda. Seu peito subia e descia devagar e, ao observar o movimento, acabei me lembrando do momento na base do Ninguém, quando a vi seminua. Eu já havia visto ela daquela forma algumas vezes, mas naquele dia foi diferente. Meu corpo reagiu ao dela, por mais que eu soubesse quem ela era. Desde quando fui preso, Amélia tem feito parte dos meus pensamentos. No começo, achei que fosse por ela estar encontrando sua família biológica, mas agora eu já não tenho mais certeza. Acho que finalmente estou me dando conta de que Amélia é uma mulher bonita, durona e muito desejável.

Bring Me Back - O Retorno de TorettoWhere stories live. Discover now