CAPÍTULO 4: WHATEVER IT TAKES

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DOMINIC TORETTO

Não era pelo dinheiro, nunca foi. Era pela segurança da minha família — pelo menos, do que restou dela, após todos esses anos. Não era pelo poder que Senhor Ninguém estava colocando em minhas mãos agora, mas sim por colocar um fim nessa caçada que só nos tem feito perder.

Enquanto Ramsey fazia o mapeamento do rosto de Shaw, eu pensava na jovem mulher misteriosa que apareceu. Poderia ser apenas mais uma perdida no meio de toda a ação que acontecia, mas ela quebrou uma taça na testa de um segurança que ia atirar contra Brian e eu. Isso fez eu pensar se ela seria uma admiradora antiga, buscando nos ajudar em troca de algum favor. Mas então Shaw entrou e roubou a cena. Pisei fundo no acelerador, disposto a passar por cima dele, mas ela apareceu e me surpreendeu mais uma vez, jogando-o pra longe e voando por cima do carro no lugar dele.

Por que?

Aquele olhar que ela dirigiu a mim, me deixou momentaneamente perdido. Eu sabia que nunca a tinha visto na vida, mas alguma coisa dentro de mim a reconheceu. Os olhos firmes e misteriosos, os lábios bem desenhados, as sobrancelhas bem alinhadas, o sinal sobre a boca.

— Então, quer dizer que, a minha gatinha, salvou o nosso vilão? — ouço Roman questionar ao ver as imagens da festa

— Enquanto você corria, ela partiu pra ação. — Tej comenta

— Tô apaixonado. — Rom murmura ao vê-la voar por cima do carro, bater o rosto contra o chão, mas logo se colocar de pé — Os gatos sempre caem de pé.

— Ela nem te deu condição, Roman. — Brian implica

— Ninguém nunca dá. — Tej se junta

— Vocês não têm respeito nenhum pela minha pessoa. — Rom resmunga

— Vamos acompanhar o que Shaw fez enquanto Dom se exibia. — Ramsey diz acelerando as imagens

Quando o carro invade o outro prédio, Shaw para de atirar e se vira, agarrando o braço da mulher misteriosa e entrando com ela no elevador. Ramsey muda para as imagens do elevador e então seguimos acompanhando o show. Enquanto o elevador desce, ele a põe contra a parede e a segura pelo maxilar, realmente bravo com ela.

— Consegue o áudio disso? — pergunto

— Não há dispositivos de áudio no elevador, desculpe. — Ramsey explica — Mas podemos tentar leitura labial.

— Por favor. — concordo

Ele a encara com raiva no olhar e grita com ela, mas ela não responde. Seu olhar desce para o colo dela e ele encara o cordão que ela usa, suspirando. É estranho ver Shaw nos segundos seguintes. O macho alfa cheio de colhões que matou Han e está disposto a me matar, dá lugar a um homem preocupado que a solta e passa as mãos no rosto, de forma exasperada. Eu franzo o cenho.

— Ele perguntou o que ela estava fazendo ali, mas ela não respondeu. — Ramsey diz teclando

O elevador se abre no térreo e, enquanto todos estão desesperados com o carro aos pedaços que acabou de desabar e se esborrachar no chão, Shaw segue seu caminho, segurando sua metralhadora. A mulher o segue, saindo do prédio, mas parece querer tomar um caminho diferente, quando se vira para o lado oposto em que o carro de Shaw está. Ele se vira e grita com ela.

— Áudio. — peço

— Ligado.

O que está fazendo? — ele grita para ela

Ficando longe de você! — grita de volta

Entra nesse carro agora!

— Não!

Bring Me Back - O Retorno de TorettoOnde histórias criam vida. Descubra agora