CAPÍTULO 23: RÚSSIA

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DECKARD SHAW

— Hobbs! — gritei apontando minha arma para ele, vendo um dos agentes apontar a sua para mim — Abaixa essa merda! — digo passando pelo agente, derrubando-o

Hattie está com as pernas no pescoço de Hobbs, com uma arma contra a cara dele.

— Sai do meio das pernas dela!

— O que você tá fazendo aqui? — Hattie me olha

— Salvando você.

Ela solta Luke e se põe de pé, apontando sua arma para mim.

— Não preciso da sua ajuda.

— Opa, vamos recapitular aqui. — Hobbs puxa sua arma e a aponta para mim — Isso aqui é a minha casa e, você e sua namorada, não vão a lugar algum.

— Que nojo! — Hattie aponta sua arma para ele

— Namorada? — franzo o cenho, enojado — Essa é a minha irmã.

— Deixa de ser mentiroso. — ele bufa — Ela é bonita demais pra ser sua irmã.

— Isso é verdade. — Hattie diz

— Engraçadinho. — digo e olho para a minha irmã — Hattie, tem muita gente atrás de você.

— É mesmo? Eu sei. — revida os olhos

— É e vai continuar assim, se ela não disser onde o vírus está.

— Idiota, ela vai morrer ss eu não tirá-la daqui, agora.

— Todos vamos morrer, porque essa merda vai parar em mãos erradas.

— Na verdade, todo mundo vai morrer, porque eu sou o vírus. — ela solta a arma e mostra a mão espalmada no ar, com as marcas da injeção do vírus

— Eu não acredito nisso. — a olho — Você tomou as pilhas da Amélia e, agora, está tendo as ideias suicidas dela? — pergunto incrédulo

— Pior que foi nela mesmo que eu pensei. — dá de ombros — Essa merda está contida em cápsulas e eu tenho que dar um jeito de tirar.

Ela sai andando, mas uma explosão quebra os vidros e derruba todo mundo. Eu caio no chão, desarmado, assim como o bosta do Hobbs.
Me levanto a tempo de ver três homens de preto entrarem pela janela atirando, fazendo com que eu tenha que correr e me esconder atrás de uma mesa. O maior deles desmaia a Hattie e a joga em seus ombros. Eles se prendem em cabos e começam a descer pelo lado de fora do prédio, como se estivéssemos em um dos filmes do Tom Cruise.

— Ah, merda. — xingo me levantando e indo até a janela quebrada

— É agora ou nunca. — Hobbs se põe ao meu lado

— Eu sou mais de agora mesmo.

— No meu três. — ele diz, sugerindo que pegássemos carona nos fios

— Show! — digo após olhar para o lado e ver um elevador de emergência

— Um, dois, três! — ele grita e se joga, mas me olha com cara de confuso, quando desce sozinho

— Ninguém manda em mim, babaca.

Vou até o elevador e arrebento o botão de segurança, fazendo-o descer mais rápido que o indicado. De braços cruzados, eu observo Hobbs lutando com um dos caras e aproveito o breve momento para pegar meu celular, no bolso interno do paletó e checar minhas ligações e mensagens. Amélia ainda não me procurou. Guardo o celular e observo Hobbs se balançar até o elevador, batendo a cabeça do agente contra o mesmo. Eu reviro os olhos quando ele manda eu ir me foder.

Bring Me Back - O Retorno de TorettoWhere stories live. Discover now