CAPÍTULO 45: TÓQUIO

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AMÉLIA T. SHAW

No avião de Shane, nós estávamos sendo transportados de forma não hackeável, nos intervalos dos radares. O feitiço de Cipher se virando contra ela. Estávamos indo para a base ultra secreta no Mar Cáspio, onde Senhor Ninguém — ainda desaparecido — parecia querer nos mostrar alguma coisa. Dom estava ao telefone, conversando com Brian. A pequena Maria estava com febre e ele, achando que se trata de algo emocional, foi até a República Dominicana, para ajudar Laura e Rose com os filhos, pequeno Brian, Olivia e Illeana. Para alguém como Brian, ficar longe das balas é algo extremamente difícil. Só os filhos para conseguirem dobrar sua sede por adrenalina.

— Não tinha ponte! — Hattie repete, enquanto estou me livrando das roupas de couro — Não tinha a porcaria da ponte.

— Supera isso, Hattie. — Ashley ri do desespero dela

— Superar é o caralho! — ela se irrita — Eu já te vi pular da London Bridge, já te vi dirigir feito uma louca em Samoa, mas pular de um penhasco, Amélia do céu!

— Hattie, eu tinha duas opções: morrer nas mãos do exército ou morrer arriscando um jeito de voltar para a minha filha. — a olho — O que você achou que eu escolheria?

— Eu ainda vou infartar. — ouço Decks resmungar

— Eu vou subir pra cabine do piloto e tomar um banho. — digo me levantando de onde estou sentada — Vejo vocês na aterrissagem.

Subo para o segundo andar do avião, onde há um longo corredor que leva para as acomodações da tripulação e para a cabine onde o piloto e o copiloto mantêm o avião no ar. Caminho até a porta do quarto de Shane, onde uso o cartão de acesso que ele me deu para entrar e vejo que se trata de uma suíte mediana. A mesma suíte que eu o deixei amarrado, quando ele tentava seguir as ordens de Deckard e me manter longe de problemas. Jogo minha jaqueta e minhas luvas na poltrona ao lado da cama e caminho para o banheiro, deixando minhas peças de roupa pelo caminho. No chuveiro, deixo a água cair com força na minha cabeça e permito tirar a armadura de super mulher que uso. Se eu tivesse vacilado, Hattie e eu estaríamos mortas agora. Não tinha ponte. Não tinha a porra de uma ponte!

Desligo o chuveiro e saio do banheiro, puxando uma toalha e secando o rosto, sentindo algumas lágrimas quentes escapando. Foi por muito pouco.

— Eu sei que você disse que não estava bem, mas sinceramente, você ainda é a mulher mais sexy que eu já vi. — a voz de Deckard me assusta e eu ofego, escondendo meu corpo com a toalha — Desculpe, não queria te assustar.

— Não, tá tudo bem. — murmuro sem jeito

— Eu também preciso de um banho. — ele diz se livrando da camisa e começando a desabotoar a calça. Ele faz tudo isso me olhando dentro dos olhos, fazendo algo se acender dentro de mim

— É, precisa. — resmungo, o observando

— Eu não vou machucar você, Amélia. — diz tirando a calça e ficando completamente nu

— Eu sei disso. — seguro o nó da toalha, desviando o olhar

— Então do que você tem medo? — apóia as duas mãos na minha cintura

— Não é medo, é que... — respiro fundo, afetada pela sua presença, evitando seus olhos — Eu não sou a mesma pessoa. — digo e ele põe a mão em meu queixo, fazendo-me erguer a cabeça e o olhar nos olhos — Não sou mais tão bonita.

— Amélia, você é a minha mulher. — ele diz segurando meu rosto com as duas mãos — O fato de você ter trago Illeana a este mundo, só torna você ainda mais desejável, por mim.

Bring Me Back - O Retorno de TorettoOnde histórias criam vida. Descubra agora