Capítulo 25 - Picolé

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Eu estava exausta, após aquele dia longo que começou péssimo mas, terminou da melhor maneira possível. Com os olhos fechados esperando o sono vir, eu só conseguia pensar como era bom estar ali, abraçada com o Peter, sentindo seu peito descer e subir por conta da respiração, sentindo seus braços me acolherem com carinho. Como eu já disse inúmeras vezes, quando eu estava com ele, os outros problemas simplesmente desapareciam.

Ele disse que me ama, e, por mais bobo que pareça, significa muito para mim. Amar alguém é um sentimento muito forte, amar é você estar disposto a fazer qualquer coisa pela pessoa, e, muitas vezes nós amamos alguém mas, temos medo de dizer, medo dela nos rejeitar, medo de amar. Desde o momento que tive certeza que eu amava o Peter com todo o meu coração, eu esperava que ele sentisse o mesmo sem saber se ele me amaria ou não, agora, eu sabia, ele havia dito, ele não teve medo de dizer que me ama.

...

Eu estava tão cansada que nem escutei o barulho do despertador, acordei com Peter se mexendo para desligar o aparelho. Eu se quer me movi durante a noite, acordei na mesma posição que eu adormeci, a única diferença é que uma de minhas pernas estava entrelaçada nas de Peter.

Meus olhos aos poucos foram se acostumando com a luz do quarto, no primeiro momento eu acordei confusa por estar no quarto de Parker, achava que tudo não tinha se passado de um sonho perfeito, mas, foi tudo real e eu dei um sorrisinho quando a ficha caiu.

Ele voltou a me abraçar e fechou os olhos, inclinei levemente a cabeça para olhá-lo e, se eu soubesse desenhar coisas além de bonecos de palitinho, transformaria minha visão em uma pintura. Reparei em seus mínimos detalhes, como cada traço dele entravam em harmonia o transformando na pessoa mais linda que eu já vi. Sua expressão tranquila transmitia uma paz inexplicável, ouvir sua respiração e admirar seus cabelos bagunçados. Eu queria apenas que momentos como esse fossem eternos.

-Crianças, acordem se não vão se atrasar para a escola.- May bateu algumas vezes na porta e disse alto para que escutássemos.

-Eu não quero sair daqui e nem ir para a escola.- Falei com a voz de sono me enterrando ainda mais em seu abraço.

-Nem eu.- Ele suspirou.

O silêncio era uma batalha de quem criava coragem para levantar primeiro, então, sabendo que se eu não fosse para a escola meu pai me mataria, eu me soltei dos braços de Peter para me levantar.

-Não, volta aqui.- Ele dizia com a voz de sono me puxando novamente para me deitar em seu peito.

-Assim você não me ajuda.- Dei um sorriso leve, o abracei rapidamente e me levantei de vez.

Peguei minha escova de dente na mochila e fui para o banheiro.

Me olhei no espelho, e não pude deixar de pular de alegria. Pela primeira vez em 16 anos, eu estava feliz em uma segunda-feira de manhã.

Fiquei sorrindo igual uma boba ali enquanto me lembrava da noite passada.

-"Eu amo você" - Repeti as palavras de Peter e fiz uma dancinha. Minha vontade era de gritar até perder a voz, mas não estava na minha casa então, descartei essa opção de colocar para fora toda essa emoção.

Fiz minha higiene pessoal e depois voltei para o quarto, pegando a roupa que eu usaria no dia e vi que Peter estava me olhando.

-O que foi?- Perguntei sorrindo.

-Você fica perfeita usando minha camiseta.- Ele disse sorrindo bobo e se levantou, me deixando sozinha no quarto para ir ao banheiro.

SCARLETT STARK // Peter ParkerWhere stories live. Discover now