Hoje não havia sido um dos meus melhores dias, meus pais, que me abandonaram ainda quando criança, resolveram "assumir" a filha deles. Claro, tudo na base do interesse, Luffy se tornou o rei dos piratas, o que resultou em uma enorme quantia de tesouros. Minha mãe havia traído meu "pai", por tanto, sou fruto de uma traição, o homem que era supostamente meu pai, surtou quando descobriu e me chutou para fora de casa sem mais nem menos. Sim, eles chutaram uma criança de dez anos para fora de casa. Sobrevivi até meus doze sozinha, foi quando eu conheci um maluco louco por carne, que vivia dizendo que se tornaria o rei dos piratas, confesso que eu ria, parecia um sonho bobo, mas apesar disso, éramos amigos, grandes amigos. Navegamos juntos pelos mares... Construímos uma grande tripulação, que é praticamente nossa família, e... Nos apaixonamos. Luffy sempre foi animado, essa energia dele me consumia de tantas formas indescritíveis.
Eu analisava o mar enquanto lágrimas rolavam livremente por meu rosto. Só de lembrar das palavras da minha mãe... "Filha, eu cometi um erro, me perdoe. Sinto sua falta... Seu pai também... Queremos vê-la. Podemos nos encontrar?". Por um lado eu queria acreditar que era arrependimento, mas por outro lado... Não seria interesse no dinheiro de Luffy? Gananciosos eles sempre foram, mas eu quero tanto acreditar que eles sentem a minha falta.
- [NOME]! — Luffy gritava enquanto corria até mim. O moreno correu em minha direção, mas falhou na hora de parar, resultando em uma queda.
- Luffy! O que eu te falei sobre correr pelo navio?! — Questionei brava enquanto o ajudava a se levantar.
- Eu sei, eu sei! Mas o Sanji fez carne e eu vim te chamar pra gente... [nome]... Está chorando? — Questionou ele todo inocente.
- Na-não... — Gaguejei limpando as lágrimas. Eu realmente não queria chorar, mas eu não estava conseguindo controlar. Ver Luffy me acalma, por mais quê eu estivesse em uma saia justa por conta da minha família, eu sabia que tudo se resolveria... Pois Luffy, aqui sempre estaria.
- Está sim! — Ele apontou para o meu olho.
- Ah, Luffy... Não é nada... Carne... Quero carne. Vamos? — Questionei tentando mudar de assunto. Me levantei e fui em direção à cozinha, mas Luffy não me acompanhou, quando me virei para encará-lo, o encontrei com os braços cruzados e um enorme bico em seus lábios. - Que foi? — Questionei.
- Tá mentindo pra mim. — Disse o moreno cheio de marra.
- Não, não tô. — Afirmei.
- Tá sim. — Disse ele sem me olhar nos olhos. Suspirei cansada, pois sabia que ele não desistiria fácil de saber o motivo de minhas lágrimas. - Minha mãe... Mandou uma carta. — Falei encarando o chão. Luffy sabe da minha história com meus pais, ele os odeia por isso.
- O quê... Ela queria? — Questionou ele se aproximando.
- Me ver... — Respondi e ele permaneceu em silêncio.
- Você quer vê-la? — Ele questionou passando seu braço por minha cintura. Encarei o rosto de Luffy, que me oferecia um sorriso tranquilizador.
- Eu sei que eles só querem me ver por conta do tesouro, mas... Eu sei lá... Você acha que eu deveria vê-los? — Questionei.
- Não, não acho. — Respondeu ele. As vezes a sinceridade dele me admira.
- Hã...
- Eles perderam, agora você é minha e de mais ninguém. Manda eles procurarem uma pra eles, porque agora você é minha, só minha. Azar o deles. — Disse o Luffy colocando seu chapéu em minha cabeça, o moreno me deu um sorriso de orelha a orelha, fazendo meu coração palpitar, acelerar, disparar, surtar, meu coração não conseguiu mais bater na velocidade normal. Aquelas palavras... Aquele aquele sorriso... Apenas o sorriso de Luffy fez meu coração se reconstruir instantaneamente. O seu sorriso... Me salvou.
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- Não se preocupe, meu amor. Estarei aqui pra você sempre... Sabe disso, né? — Questionou ele e eu assenti.
- E eu pra você... — Sussurrei perto dos seus lábios. O moreno sem conseguir se segurar, puxou meus lábios para si. Suas mãos se posicionaram no meu pescoço, e sua língua ancisava pela minha desesperado.
- LUFFY, A CARNE VAI ESFRIAR! — Ouvimos a voz de Sanji ecoar pelo navio, o que nos fez parar nosso beijo.
- Estou ocupado, Sanji! — Gritou Luffy enquanto segurava minha mão e me puxava para nosso quarto. Monkey D. Luffy realmente recusou carne por mim? Nunca o vi tão desesperado para me levar para o quarto, chegava a ser assustador... Não que eu estivesse reclamando.
