Jean • coversa agradável (hot)

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Parte 2🐂
Ponto de vista da sn

O dia havia se passado sem muitos acontecimentos, Jean havia me ensinado tudo que precisava saber e Sasha também. No início me senti um pouco desconfortável de estar ali, na academia do alto escalão, mas acabei vendo que eles são pessoas normais e não um bicho de sete cabeças.

Eu havia acabado de terminar meus abdominais, o suor eminente escorria de todo meu corpo enquanto eu me recusava a sair do chão. O cansaço havia chegado após quatro horas de treino consecutivo.
Esparramada pelo chão da academia, eu encarava o teto, que pasmem, precisa de uma reforma. Quando de repente um homem alto de torso definido tampou a imagem tô teto com seu belo rosto.

Jean: tenho boas notícias: já deu a hora de ir embora. — anunciou me oferecendo um sorriso gentil. Pulei do chão me pondo de pé em um piscar de olhos.

Sn: finalmente, já estava achando que iria ter que morar aqui.

Jean: quanto drama pra quem mais dormiu do que treinou. — disse ele, rindo aos poucos.

Sn: merda, você viu? — começamos a caminhar em direção aos armários, bem devagar, até parecia que nós dois queríamos enrolar só para podermos aproveitar mais o momento. Loucura, eu sei. Uma pessoa de tamanha importância como Jean Kirstein jamais perderia seu tempo batendo papo com uma pirralha como eu.

Jean: foi difícil não notar quando você começou a babar... — ele tentava ao máximo segurar a risada, mas acabou perdendo essa batalha.

Sn: ah, puta merda, desculpe, eu não... desculpa, desculpa, desculpa...

Jean: ei, relaxa, ninguém reparou. — duvido muito disso. Pude notar que o lugar já estava praticamente vazio, os únicos ali éramos nós e uma senhora, que limpava um pouco do sangue seco no chão. Credo, quanta violência.
- toma, espero que não fique grande. — acordei de meus devaneios ao sentir uma camisa ser jogada sobre minha cabeça.

Sn: ah, nossa, nem sei como agradecer. Odiaria ter que caminhar entre esses velhos tarados que se dizem mercadores na cidade. — falei ao vestir a camisa, que não havia ficado muito grande.

Jean: eu também odiaria. — levantei o olhar surpresa.
- quer dizer, deve ser desconfortável ser olhada de um modo que você não goste, né? Eu imagino, sei lá.

Sn: ah, como o tio Levi sempre diz: "você é só uma pirralha, ninguém vai olhar de outro modo pra você. E se olhar, arranque a cabeça dele fora". — imitei a voz do Levi da forma mais clara possível, fazendo Jean começar a rir instantaneamente.

Jean: nunca diga nunca.

Sn: tá sabendo de algum pretendente para mim? — brinquei, e acabei sentindo que passei dos limites, pois seu rosto se fechou instantaneamente.
- desculpe, eu não quis...

Jean: Sn, me desculpe, mas eu preciso ir agora. A senhora da faxina fecha o lugar depois que você sair. Até amanhã. — sem sequer me dar tempo de dizer algo, Jean saiu apressado aparentemente desconfortável. Sei que ultrapassei os limites, mas essa reação... eu não esperava por essa reação.

Resolvi ir para casa o mais rápido possível, me esforçando ao máximo para não pensar no que havia acontecido a algumas horas com Jean. Fiquei martelando o que eu disse e não, não faz sentido ele ter ficado tão sentido por isso. Talvez tenha algo acontecendo em sua vida particular... mas o que? Não, não vou ser enxerida. A gente mal se conhece, não posso ir até ele e perguntar: "hey, por que você começou a se estressar do nada?". Seria inconveniente.

11:50 p.m

O teto do meu quarto já não parecia mais uma companhia agradável após horas o encarando. O mofo me fazia crer que eu deveria procurar um encanador, apenas para dar uma averiguada, ou... achar outro lugar pra ficar. Não, fora de cogitação me mudar agora, é isso que meu bolso aguenta pagar. É isso ou voltar pra casa do tio Erwin e aguentá-lo com o tio Levi. Por que diachos estou pensando nisso? Ah, lembrei, estou tentando esquecer do Jean bravo comigo por talvez eu ter dito algo que não deveria. Acho que vou pintar o teto para esconder o mofo...

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞, 𝚊𝚗𝚒𝚖𝚎𝚜Onde as histórias ganham vida. Descobre agora