Lawliet • Filhos

13.9K 937 586
                                    

Narradora

Lawliet e [nome] resolveram levar suas pequenas crias pro parque de diversões, para animar principalmente Mello, que andava deprimido. [Nome] sempre foi uma mãe amorosa, já Lawliet costumava ser frio perto das crianças, Near não se importava muito, já que o mesmo é igual ao pai nesse quesito, porém, Mello se importava, e muito. O garoto de cabelos loiros sempre foi mais sentimental que seu irmão, por tanto, não receber carinho constante de seu pai era algo doloroso. Sua mãe sempre tentava aproximar Lawliet do filho mais velho, mas essa nunca foi uma missão fácil. Embora o moreno amasse seu filho, demonstrar isso era algo complicado pra ele.

Estavam todos animados enquanto subiam o elevador, Mello e Near contavam animados um para o outro o que mais tinham gostado no passeio. Lawliet e [nome] sorriam bobos um para o outro ao ver seus pinguelinhos(dsp♡) tão animados.

Ponto de vista da [nome]

- E aquela hora que a minhoca disparou?! - Mello dizia animado.

- Eu gostei do tiro ao alvo - Disse Near, enquanto abraçava com força o sapo gigante que havia ganhado no jogo.

- Logo você, seu tampinha? Achei que fosse mais do tipo frio e calculista - Mello zombou do irmão, enquanto ria da cara do mesmo.

- Não sou a favor da violência... Mas bem que eu quero te socar agora. - O platinado olhou feio o irmão. Gente? Tava tudo bem a literalmente um segundo atrás. Rapidamente eu me coloquei no meio dos dois, Near pode até ser inteligente, mas se o Mello partisse para briga física, o negócio ficaria feio.

- Ei, ei, ei... Vamos respeitar o maninho? - Olhei feio para Near, que bufou antes de se aproximar de seu pai, pedindo colo para o mesmo, que pegou sem muita hesitação. Pude ver um olhar triste se formar nos olhos de Mello, o que me fez ficar puta da vida. Eu os amo igualmente, mas Lawliet já estava de palhaçada, não é possível. Durante nosso dia no parque, o moreno ficou com Near o tempo todo no colo, mesmo depois de eu ter pedido para ele pegar Mello durante alguns minutos. Eu não quero que parece que tenho filho preferido, porque eu não tenho!
- Quer que a mamãe te leve? - Questionei sorrindo para o mais novo, que apenas negou com a cabeça, ele segurou minha mão e abaixou a cabeça, apenas esperando o elevador. Hoje eu mato o Lawliet.

- Mamãe - O loiro puxou minha mão de leve para baixo, para que eu o visse.

- Oi, meu amor - Me abaixei para ficar de sua altura.

- Posso dormir com você e o papai hoje? - Ele pediu com seu sorrisinho meigo, o que derreteu meu coração.

- Claro que pode... - Beijei o topo de sua cabeça e pude ouvir o elevador se abrir. Nós caminhamos em silêncio até nosso apartamento, Mello andava quietinho ao meu lado, enquanto segurava minha mão, Near já estava no quinto sono, o platinado babava no ombro do pai. Entramos em silêncio e colocamos Near em sua cama. O dia havia sido agradável, exceto pela inconveniência de Lawliet ao destratar o filho.
- A mamãe tá um caco... Vou tomar um banho. E o senhor - Apontei para L.
- Trate de convencer seu filho a escovar os dentes - Mello riu e L assentiu sem demonstrar nenhuma expressão. Entrei no banheiro e liguei o chuveiro, deixei a água morna escorrer pela minha pele. Minha cabeça estava um caos, eu realmente não sabia mais o que fazer, tenho medo do Mello acabar desenvolvendo um problema psicológico grave por negligência do L.

Narradora

Lawliet analisava algumas papéis na sala, enquanto Mello brincava com seu brinquedo novo, que havia ganhado no parque.

- Vai escovar os dentes, Mello - Mandou L, ainda concentrado nos papéis que estavam espalhados pela mesinha.

- Papai... Vamos brincar? - Pediu o garotinho, levantando seu brinquedo no ar.

- Hoje não. Agora vai escovar os dentes antes que sua mãe saia do banho - Respondeu o moreno sem nem ao menos olhar o filho.

- Papai, você sabia que a mamãe gosta de chocolates? Nós devíamos comprar uma caixa cheinha! Você não acha?! - O garotinho se levantou e se colocou entre as pernas do pai, tentando ao máximo chamar atenção do mais velho.

- Espertinho... O papai tá ocupado, escova logo os dentinhos e vai pra sua cama, pra mamãe não ficar chateada - Ele pegou o garotinho e colocou pro lado, voltando a mexer com a papelada.

- Tá bom... - O garotinho saiu da sala cabisbaixo.

Ponto de vista da [nome]

Sai do chuveiro enrolada na toalha e fui até a sala, ver se ainda tinha alguém acordado, e pra minha surpresa tinha. Lawliet mexia com alguns papéis, mas não vi Mello junto a ele.

- Querido, amanhã você mexe com isso. Vamos dormir. - Chamei.

- Certo, certo - Ele se levantou e sua face paralisou ao me ver enrolada na toalha.

- Gosta do que vê...? - Questionei sorrindo maliciosa e ele, instantaneamente, concordou.
- Ah, amor... - Me aproximei dele e lhe dei um beijo calmo, mas parei ao me lembrar que hoje seria impossível transarmos, já que deixei Mello dormir com a gente.
- Ah, cadê o Mello...? - Afastei nossos lábios, mas me mantive pendurada em seu pescoço.

- Já mandei ele pra cama - Disse ele tentando roubar meus lábios novamente. Me afastei dele e o olhei incrédula.

- O seu imbecil, ele queria dormir com a gente hoje. - Olhei L puta da vida enquanto tentava ao máximo não socá-lo.

- Ah, mas ele foi sem nem contestar... Esquece... Vem, vamos pro...

- Não, Lawliet. Porra, você não vê o que tá fazendo?! - Acabei falando um pouco alto, o que fez o moreno me olhar confuso.
- Eu sei que o Mello é adotado, mas independente disso, eu o amo, como se fosse meu. Já você, não o enxerga dessa forma, não é mesmo? É nítido o jeito com que trata ele. Não tem o mesmo carinho que tem por Near. - Falei com os olhos marejados.

- COMO VOCÊ OUSA DIZER ISSO?! TÁ MALUCA?! É CLARO QUE EU O AMO COMO SE FOSSE MEU, ATÉ PORQUE ELE É!!! - Lawliet gritou furioso comigo, enquanto me olhava puto da vida. O encarei meio assustada, pois eu nunca, nunquinha mesmo, havia visto L irritado. Nossa tensão de olhares é quebrada ao vermos que Mello nos encarava da porta do quarto. Sem que eu pudesse raciocinar o que estava acontecendo, o loiro correu até o pai e pulou em seu colo, derrubando o mais velho no chão. Mello chorava incontroladamente no peito do pai, enquanto o moreno apenas abraçava o filho mais forte ainda.

Ver aquela cena me fez começar a chorar também, as vezes eu acho que o Mello nasceu de mim, porque o menino é tão sentimental quanto eu

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Ver aquela cena me fez começar a chorar também, as vezes eu acho que o Mello nasceu de mim, porque o menino é tão sentimental quanto eu. Me joguei no chão e entrei no abraço, L agarrou minhas costas e espremeu Mello entre nós dois.

- Eu amo vocês... Mais do que tudo. - Afirmou o moreno.

- Bom saber - Disse Near, nos encarando de braços cruzados ao lado da porta. Rimos antes de abrir um espaço para que ele se juntasse a nós no abraço, e assim ele fez. Ficamos nós quatro ali, juntinhos, apenas aproveitando o momento em família.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞, 𝚊𝚗𝚒𝚖𝚎𝚜Onde as histórias ganham vida. Descobre agora