𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞, 𝚊𝚗𝚒𝚖𝚎𝚜

Portgas D. Ace • Momentos de incerteza

Tô só aguardando os surtos.

Parte 4 | Fim

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Ponto de vista da [nome]

- Sua esposa? — Luffy se levantou com tudo da mesa. Isso só podia ser um pesadelo, não é possível. Eu sei que eu não tenho culpa, mas toda essa situação... Não tinha como não me sentir culpada.

- Como é que é? — Questionei incrédula.
- Até aonde eu me lembro, nós havíamos terminado. — Falei tentando controlar o ódio dentro do meu peito, algo que eu nem sei porque estava sentindo.

- Eu sei... Desculpa, força do hábito — Disse Ace sorrindo bobo.

- Força do hábito, sei... O que está fazendo aqui? — Questionei o encarando.

- Eu vim conhecer a famosa pirata que roubou o coraçãozinho do meu irmãozinho — Ace se aproximou de Luffy e o puxou para perto, mas o moreno o empurrou instantaneamente.
- Luffy?

- Alguém pode começar a me explicar o que tá acontecendo aqui? — Questionou Luffy como uma feição de raiva em seu rosto.

- Vai pegar a pipoca, seu merda — Disse Sanji cutucando o Roronoa, Nami logo deu lhe um tapa.

- Luffy... O Ace é... — Pensei em contar que ele era o pai do bebê, mas acabei mudando de ideia. Ele não precisa saber, Luffy já ama Hideki, e tenho certeza que será um bom pai. Me pergunto se estou fazendo a coisa certa.
- Meu ex marido. — Afirmei e Luffy encarou o irmão, ele não parecia saber o que fazer ou falar.

- Hã... Perai... Como vocês se conhecem? — Ace franziu as sobrancelhas confuso. Luffy voltou para o meu lado e entrelaçou nossos dedos, arrancando um olhar de ódio do irmão.

- Ela é a minha esposa. — Afirmou Luffy com todo a determinação possível.

- O que? Pera, que história é essa? [Nome]? — Ele me olhava chateado, mas puto ao mesmo tempo.

- Ace, eu... Me apaixonei pelo Luffy. Eu juro que não sabia que vocês eram irmãos... — Apertei a mão do mesmo, e encarei os olhos Portgas com todo coragem que ainda me restava. O moreno puxou uma cadeira e se sentou, ele não parecia bem, estava mais branco que o Gasparzinho. Suas mãos deslizavam por seus cabelos negros freneticamente, ele parecia incrédulo com tudo.

- Ace, está tudo bem? — Soltei a mão do meu marido, e me aproximei de Ace, que não parecia nem um pouco bem.

- "Bem"? Como você espera que eu esteja bem? Passei quase um ano te procurando... Pra quando finalmente te achar, descobrir que você está casado com meu irmão... — Seus cotovelos estavam apoiados em seus joelhos, ele segurava a cabeça enquanto seus dedos batucavam seu couro cabeludo.

- Estava me procurando...? — NÃO, [NOME]! Isso já não importa mais, você está com Luffy e é com ele que deve ficar. Embora eu ainda ame Ace...

- Eu não devia ter deixado você partir... — Ele murmurou concentrado em seus pés.

- Mas deixou. — Respondeu Luffy, encarando o mais velho puto da vida.
- Vai embora, Ace — Mandou ele.

- Luffy! — Repreendi.

- Eu voltei pra nossa casa, mas você não estava lá... Revirei aquele lugar, mas você não estava lá. Foi aí que eu lembrei do que mais me fazia feliz quando chegava das viagens — Ele fez uma pausa e suspirou pesado, levantou seus olhos e os cravou em mim.
- Você. — Afirmou ele.
- Era você o tempo todo. Você era o meu motivo de me fazer levantar todos os dias... E eu fui um imbecil, não consegui enxergar a mulher incrível que eu tinha ao meu lado... E pior, vivi seu sonho sem você. Eu devia ter te levado comigo... Tudo seria diferente se eu tivesse te dado mais valor... — Ele se levantou e se aproximou de mim, pude ouvir sua respiração pesada. Eu queria tanto beijá-lo e dizer que estava tudo bem, que eu ainda o amava, que eu ainda quero viver esse sonho com ele, que nós tínhamos um filho, que nós tínhamos um garotinho. Mas eu não podia fazer isso com Luffy.