vinte e nove.

5.5K 580 200
                                    

OS LONGOS cabelos quase platinados se grudaram a parede; da ponta de sua varinha apenas um fio de luz se distinguia da escuridão

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

OS LONGOS cabelos quase platinados se grudaram a parede; da ponta de sua varinha apenas um fio de luz se distinguia da escuridão.
Friday, que vinha tendo problemas de insônia recentemente, decidiu que após rodar o castelo todo pelo menos dez vezes, iria se aventurar pelos limites da escola.

E por uma fração de segundos, ela ousou dizer que estava sozinha.
Dois animais, e um que ela não conseguia ver, passaram por seu lado, como se fosse costume estar ali e não na floresta proibida.

Inicialmente, nem o veado e nem o cachorro se preocuparam, lerdos e alheios demais para isso; mas notando a presença de alguém — e especialmente, Friday — se desesperaram.

O cachorro negro olhava de um lado para o outro, como se realmente pensasse racionalmente. O cervo, por sua vez, empurrou as costas da loura com seus chifres acastanhados.
Mas o mínimo movimento da garota foi para passar carinho na cabeça do animal; James e Sirius surtaram internamente.

Peter, que até então não havia sido útil, deu um grito fino e alto, de forma suficiente para que os dois outros ouvissem-o. Então, o rato serviu para algo.

Por trás da árvores pequenas folhas tomavam forma a escuridão e sua silhueta se tornava cada vez mais clara.
O brilho de um par de olhos pretos, que se assemelhavam a pedras afiadas, tremia ao retentor do mesmos rosnar no mesmo segundo em que o cachorro correu em sua direção, e o veado apontou os chifres para ele.

Agora, a garota parecia juntar as peças; os chifres do animal que não hesitara em se pôr a frente dela se assemelhavam aos de James, quando havia os prendido na cadeira do salão comunal.
O pelo daquele cachorro era idêntico aos cabelos ondulados e medianos de Sirius.
E o rato... bem, estava implícito.

O único ali não presente, não de uma forma que Friday conhecesse, era Remus. Notando a lua cheia no céu, ela soube.
Era dali que as cicatrizes de Lupin se derivavam, era dali que eles quase haviam perdido seu aniversário, era dali que eles sumiam pelo menos em uma noite do mês.
Remus era o lobisomem de Hogwarts que os alunos tanto comentavam, mas que nenhum fazia a menor ideia da identidade.

— James...

Por um instante, o veado se distraiu.
No segundo seguinte ele já estava no chão.
Perdendo qualquer vantagem que tinham, os lábios do cachorro se moveram de uma forma quase humana. Corra.

Ela o obedeceu. Correndo com tudo que pode, olhou para trás, para se certificar de que James estava vivo. E se seu melhor amigo não havia o matado.
Os olhos desesperados de Potter se asseveraram e diminuíram quando o lobisomem jogou-o juntamente de Sirius, prendendo-os entre troncos de árvore.

✓  FRIDAY ━ JAMES POTTER.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora