trinta e dois.

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JAMES VINHA agindo como um velho catequético desde a formatura

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JAMES VINHA agindo como um velho catequético desde a formatura.
A guerra explodira no mundo bruxo, atentados e assassinatos ocorriam por todos os lados e a ordem da fênix havia se acentuado na vida de poucos alunos de Hogwarts que decidiram lutar, juntando-se a alguns aurores e admiradores de Dumbledore.
E mesmo com sua clara descrença e desgosto pelo diretor, Friday também participava da sociedade.

Depois de um tempo, muito tempo, a relação entre os dois se tornou normal, podiam conviver no mesmo ambiente. — mesmo que permanecessem trocando farpas e olhares feios. Estavam entrelaçados e poucas coisas mudariam isso.

Remus tentava se dividir entre os dois e até mesmo Sirius procurava passar um tempo com Friday, criando um clima bizarro na casa que os membros da ordem com pais mortos ou não bruxos ocupavam.
De primeira hora Dunequim se recusara a ficar na casa dos Potter, mas lhe pareceu melhor ficar ali, mesmo que de contragosto, do que expor qualquer outra pessoa que não participasse da guerra que viviam a sua presença.

E agora, os membros mais jovens esperavam Alastor terminar de explicar como Lupin se infiltraria em uma comunidade de lobisomens, e apontar os riscos. — que não eram poucos.

— Então estamos mandando ele para a morte certa?

— Basicamente.

Friday entortou as sobrancelhas, sentindo a mão de Remus tencionar ao seu lado e Sirius preparar-se para listar todas as razões pela qual ele não deveria ir.

— Ele não vai.

James disse simples, e pela primeira vez em meses, Friday concordou batendo na mesa, como se estivesse decidido.

— Essa opção não existe. Ao menos que queira que Lupin te transforme e vá no lugar dele.

Friday revirou os olhos com a atitude de Alastor, mesmo que realmente que apreciasse seu trabalho, cansada da frequente ignorância do homem.
E bem, ela ainda tinha um mínimo instinto de proteção relacionado a James.

— Algum problema, Dunequim?

— Muitos.

— Ótimo, levante a bunda da cadeira e vá encontrar alguém que se importe.

Friday chegou ao seu limite. Empurrou a cadeira de madeira com força e saiu da sala, batendo a porta e ao menos parando para verificar se não havia quebrado nada.

Ultimamente a paciência da mulher estava à beira de muitos precipícios, e o seu físico refletia isso.
O cabelo quase albino que antes tinha um brilho por si só mais parecia uma palha, e seus olhos que sempre estavam muito azuis tinham tomado uma coloração cinzenta e turbulenta.
Sair de Hogwarts sempre lhe pareceu uma ideia muita bonita. Tocar sua vida como auror e dar um passo de cada vez para a independência era um desejo que se intensificava cada vez mais, mas com as atuais condições, era difícil imaginar sair de casa sem morrer.

Além de ter adquirido um certo talento em medicina e ajudar a todos nas voltas de missões as quais ela não podia ir, já que não teriam quem socorrê-los.

E bem, não ter ninguém para se aconchegar e imaginar um mundo melhor no fim do dia intensificava aqueles sentimentos estranhos. O de solidão, sobretudo.
Passar um tempo sem seus pais estava sendo extraordinariamente difícil, mais do que ela esperava, e mesmo que sentisse felicidade em tê-los mandando para o Brasil, longe de tudo que ameaçava a existência deles, era constrangedor observar as bolhas de afeto que formavam-se com o tempo.

— Chorando, sabidinha?

A voz fria a assustou, não só por ser a de Potter, mas pelo seu tom. Não era como se realmente quisesse saber a resposta. E o apelido... o maldito apelido.

Ele não queria mesmo saber, de forma alguma, porque James sabia que se a visse chorando, não saberia como ajudá-la.

— Como se você se importasse...

— Eu estou aqui perguntado, não é?

A precipitação de Friday. Ah, aquilo. Era difícil esquecer a raiva que tomava conta dele quando percebia que a mulher colocava uma irreflexão acima de tudo.

— Nós não falamos, Potter. Não mude isso.

Uma risadinha escapou da boca de James, uma risada sem humor. Potter, aquilo era novo.
Talvez ela tivesse medo de dizer o nome tão familiar e sentir algo.

— Ok, Dunequim. — James virou as costas, limpando os óculos com a camiseta suja de fuligem Achei que gostaria de saber que Remus vai ir, ele que decidiu.

Uma parte de Friday sabia que Remus escolheria ir, mas ainda doía.
Provavelmente ela e Sirius passariam a noite comendo, qualquer tipo de coisa que passasse por suas gargantas, assistindo algum romance trágico.
Era uma boa amizade. Uma amizade inesperada.

Não era justo que tantas pessoas se machucassem, física e mentalmente, mas era uma realidade irreversível.

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✓  FRIDAY ━ JAMES POTTER.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora