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O site fora muito bem específico no assunto. A palavra traição estava sendo destacada, havia fotos, nomes e testemunhas. Conhecia o bar que estiveram, bebera naquela mesma mesa acompanhada do namorado.
Estava tudo diante dos seus olhos. Deveria ter suspeitado, mas esperava sempre o melhor das pessoas. Havia sido traída.
Deixou o celular na pia do banheiro, apoiando-se no mármore para tentar digerir melhor a situação. Mensagens chegavam, porém era cedo para todos realmente descobrirem. Não iria perder tempo lendo o que as pessoas achavam, não fizera isso no passado, não seria agora que concordaria com algo ou aguentaria lições de desconhecidos.
Encarou-se no imenso banheiro do seu apartamento em Nova Iorque. Encontrara cabelos cortados, olhos cansados e uma fisionomia que não combinavam. Nada daquilo se parecia com ela.
Não podia continuar naquele país. Precisava ir embora antes que seu ex aparecesse e tentasse mudar a situação.
Correra para o quarto esquecendo-se do celular. Arrumou rapidamente a mala, levando apenas o importante, deixando para trás livros favoritos, pertences que comprara para deixar a casa mais parecida consigo, maquiagens aos montes e sapatos caros. Não perdeu tempo dobrando as peças com cuidado, amassou absolutamente tudo e fechou.
Arrastou a bagagem para fora da cama, ouvindo algumas revistas sendo levadas juntas. Sorrisos e mais sorrisos. Tudo uma mentira. Ela vivera uma mentira. Depois de todo cuidado em ter relacionamentos, fora traída.
Voltou para o banheiro pegando o aparelho.
Precisava conseguir uma passagem para Hungria. Avisar Anita para abrir seu apartamento, comprar mantimentos e não surtar com seu retorno repentino. Já conseguia ouvir o pai reclamar sobre decisões ruins.
Buscou pelo contato da irmã, mas pelo caminho encontro o nome do velho amigo que lhe ligara recentemente tentando fazê-la aceitar uma grande proposta, porém negou. Preferia passar os meses em casa ao lado do namorado, viajar para gravar vídeos e acampar. Se fosse para Hungria poderia se preparar para os eventos que viriam.
Provavelmente ele estaria do outro lado do mundo, na sua casa em Mônaco.
— Sabe que horas são? – reclamou nitidamente irritado.
— Sinto muito Lewis. – suspirou, sentando-se no vaso – Não queria te acordar, mas é importante.
— Está tudo bem, sinto muito. – interrompeu-a.
— É sobre o trabalho. Queria saber se ainda posso ser aceita.
Ele riu.
Ela sentiu-se mal. Claro que tinha perdido a chance de encontrar um trabalho que a deixasse cansada e atolada de compromisso. Teria que encontrar outra ocupação além de experimentar os sapatos novos que o pai encomendava.
— Quando pode vim aqui em Mônaco assinar a papelada?
Quase caiu para o lado surpresa com a mudança de humor do britânico.
— Está falando sério?
— Você é a garota Mercedes, só precisa oficializar.
— Certo, estou indo para a Hungria e de lá nos falamos.
— Vou esperar sua ligação.
Finalizou a ligação sem conseguir conter o sorriso de alivio.
Nem tudo estava perdido.
Agora só precisava voltar para casa.
Pegou uma folha de papel e uma caneta, assinando o nome ao fim do bilhete.
"Acabou, não me procure mais.
Com amor, Barbara."
Amassou o papel, jogando-o no lixo.
"Vai se foder seu infeliz.
Ass: Barbara."
Rasgou com raiva.
"Terminamos, venho buscar meus pertences um dia.
Barbara."
Não seria uma boa ideia voltar para a América, e até que encontrasse um tempo, ele poderia ter se mudado e jogado tudo no lixo. Amassou o papel.