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Ela o pegou se olhando no vidro escuro do carro. Lewis estava muito chique naquela noite, sem qualquer emblema da Mercedes ou roupa informal. Optara por um casaco rosa claro e calça cinza. Parecia pronto para o combate naquela noite.
— Vai pedir alguém em casamento?
Virou-se com um sorriso.
— Pareço desesperado?
— Lewis!
— Estou falando sério.
— Nem um pouco, você sempre está elegante.
Abriu a porta do carro. Barbara olhou para cima, impressionada com os carros que conseguiam. Ela poderia viver muito bem com aquele dado pela Mercedes, mas todos os pilotos buscavam impressionar na potência.
— Precisamos ir de carro. – avisou quando a viu hesitar.
Ela entrou, agradecendo por ter aberto a porta.
— Eu a conheço? – perguntara ao lembrar-se da loira no paddock e de como reagiu, sentia-se uma tola – Sinto muito por aquilo.
— Tudo bem, falaram bastante da Mercedes, isso é bom. Respondendo sua pergunta, conhece sim.
Buscou na própria mente alguma modelo loira e vieram várias. Não conseguia recordar de todos os rostos, a sua memória não era nada exemplar.
— Ela irá?
— Sim.
Barbara franziu o cenho.
— Pare o carro!
Lewis olhou-a confuso.
— Pare logo, Hamilton!
Subiu na calçada e parou.
— O que foi? De novo briga bilíngue não!
— Por que não foi buscá-la?
O britânico abriu e fechou a boca sem saber o que responder. Ela bufou.
Os homens de sua vida eram todos tolos.
— Me deixa aqui e vai buscá-la. – mandou autoritária como ás vezes ele fazia – Agora!
— Vou te deixar no restaurante. – insistiu.
— Não! Se chegar comigo será estranho.
— Trabalhamos juntos.
— Você é meu ex-namorado, Lewis. Agora vai.
Saíra do carro se atrapalhando com a porta que subia. Fechou a porta sem jeito, o fazendo rir. Lewis desceu o vidro para olha-la.
