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O salto servia para aumentar seu atraso

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O salto servia para aumentar seu atraso. O voo foi cancelado por causa do tempo, e aquilo era só o declínio do seu dia, porque precisou passar horas dentro do aeroporto esperando por qualquer notícia de quando embarcaria. Não havia carro nenhum lhe esperando na Bélgica, precisou chamar um táxi. Entendeu metade do que era dito pelo motorista, e na hora do pagamento não teve chances de verificar as notas, provavelmente pagou três vezes a corrida. Não tivera tempo para trocar suas roupas, e sequer havia pensado na chuva que viria. Ela estava no calor de Londres antes de encontrar o tempo ruim que lhe esperava.

Pegou algumas notas na bolsa e deu ao motorista gentil que tentou falar um pouco do seu francês cheio de mimica.

Havia chegado em um carro normal, no qual não tinha autorização para entrar no autódromo pela parte das equipes. Então reuniu forças para sair do automóvel perto de todos os fãs que se aglomeravam no portão. Com a cabeça baixa e muito lentamente, chegara aos seguranças.

— Eu sou Barbara Palvin! – cochichou apontando para o próprio rosto – Eu trabalho aqui.

O homem desviou o olhar como se ela fosse uma completa louca fingindo ser famosa.

— Ei! – apontou para o cartaz da Mercedes. Ela estava o lado dos pilotos, segurando o capacete personalizado e com o pé na roda do carro. Nunca esteve tão feliz por aquilo.

— Sua entrada é na parte de trás.

— Por favor, estou atrasada.

O pânico aumentou quando uma mulher desconhecida mirou seu celular para o rosto da húngara. Outras pessoas fizeram o mesmo. No começo a atitude fora silenciosa, mas os chamados começaram, depois os gritos, perguntas e alguns até comentavam que a Mercedes não ganharia o campeonato mundial. Aquelas pessoas não pareciam felizes por causa de Silverstone.

Os seguranças abriram o portão e lhe deixaram passar com muita dificuldade, pois alguns tentavam invadir.

— Sinto muito. – dissera arrependido.

Ela não tinha tempo para discutir sobre quantas pessoas pisaram no seu pé, ou quem foi o responsável por tocar no seu cabelo. Continuava muito atrasada.

Respirou aliviada ao ver a catraca. Ela só precisava do crachá. Buscou por ele na bolsa, tirando alguns itens, porém não o encontrou. Sem a identificação, não entraria, e se isso acontecesse, não veria Daniel. O australiano pensaria milhares de besteiras. Ele havia ligado milhares de vezes, mandado mensagens, até Lewis quis saber onde estava, porque Daniel fazia perguntas a cada dez minutos.

— Será que posso passar?

— Sem crachá, não!

— Mas eu sou famosa.

— E eu sou Lewis Hamilton.

Faltava muito pouco para seu celular descarregar. Só poderia fazer uma ligação. Daniel estaria se preparando para corrida, assim como Lewis e Valtteri. Entre todas as possibilidades, escolheu o menos provável de aparecer, porém quem não estaria completamente ocupado, seu chefe.

Finish Line ✔Where stories live. Discover now