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A estadia na Suíça foi breve, ela conseguiu conversar com um bom arquiteto, e em breve uma equipe organizaria tudo. Contara para os pais a nova novidade, e sua mãe foi a que mais gostou da ideia, pois seu pai ainda esperava pelo casamento antes do sexo. Anita prometeu visitar a nova residência, se Barbara lhe dessa a certeza que lhe daria novas camisetas da Ferrari.
Claro que uma parte sua não queria ir embora de casa, porém precisava trabalhar.
Ela odiava a América. Passar tanto tempo longe da Europa parecia uma piada. Barbara amava Budapeste, e não entendia como alguém poderia gostar tanto de prédios enormes, quando construções mais simples eram muito mais belas. Não odiava cidades grandes, mas era na América que antigos medos se escondiam.
A animação de Daniel com o Texas não fez a tensão diminuir. Ele garantiu que Los Angeles não seria uma opção, porém Barbara não se sentia bem fazendo com que ele negasse sua própria diversão para ela ficar bem.
Queria encontrar um jeito de retornar para Suíça, se esconder das pessoas que a machucavam apenas com suas presenças. Não fazia sentido que ela saísse como a errada após todos os problemas. A húngara escondia sua dor para não preocupar ninguém.
— Não ficaremos muito tempo no Texas, não se preocupe.
— Sei que você gosta.
Ela havia ouvido a programação brevemente ao ficar alguns minutos na garagem da McLaren. Daniel estaria com a agenda lotada.
— Gosto mais de ficar com você.
Sorriu com as palavras de Daniel.
— Você precisa vencer! – apertou a mão do namorado gentilmente.
— O prêmio será meu.
As coisas mudaram depressa na temporada, trazendo esperança para equipes que perderam há muitos anos. Ricciardo subia nos pódio sorridente, bebendo champanhe em seus tênis, e fazendo os amigos copiarem o ato. Barbara não conseguia esconder a felicidade em vê-lo brilhar, mesmo com a blusa da Mercedes.
Desejava que fosse diferente no passado, e tivesse enxergado Daniel antes, pois acreditava que não teria terminado sozinha, com receio de uma vida solitária, para no fim encontrar consolo nos braços de uma pessoa terrível. Entretanto, conseguiu finalmente encontra-lo antes que fosse tarde para os dois.
— Pedi que deixassem o sofá azul. – dissera mudando de assunto.
— Posso colocar no meu escritório.
— Não combinaria, um escritório não tem que parecer uma seleção de cores vibrantes.
Daniel não se importava com tons diferentes, apesar de ter gostado da ideia de um ambiente minimalista. Não queria ter livros nas estantes, pois não pegaria nenhum para verificar o conteúdo. Só precisaria de uma área para relaxar, e um lugar para resolver alguns problemas.
