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Suas conquistas renderam sangue e suor

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Suas conquistas renderam sangue e suor. Aquilo que segurava em suas mãos era bem mais que um simples troféu. A prova da vitória estava nos olhos, atitudes, palavras, lutas. Pensara um dia que não haveria pódio para subir, mas ele liderava todos os números, ultrapassava recordes de grandes pilotos, criava uma história lendária. O grande campeão. Alguns objetivos precisavam ser cumpridos, e atualmente era vencer seu grande rival.

Em dias como aqueles, no qual precisava levantar e ir a luta, usava sua melhor armadura. Normalmente paravam para olha-lo, tiravam fotos em todas as posições em desespero, perguntavam sua opinião sobre cada mínimo detalhe, buscavam por sua aprovação ou o diminuíam.

— Chegou na hora. – Angela lhe saudou ao vê-lo.

Por todas as camadas do heptacampeão havia Lewis. A percepção era breve, porque ele raramente deixava qualquer um se aproximar tanto, descobrir seu verdadeiro eu, conhecer a pessoa real que habitava no próprio corpo. Ele não queria que ninguém passasse pela barreira, caso contrário estaria arruinado para sempre.

— Ei, Lewis. – Bottas ofereceu um café. – A entrevista já vai começar.

Amava a Mercedes, e valorizava a equipe que o ajudou a chegar tão longe.

Queria dizer que criou grandes amizades, mas na sua concepção tudo passava depressa naquele mundo. Colecionava muitos inimigos, mas conseguia quebra-los com facilidade e fazê-los cederem rapidamente. Pilotos não eram mais que entretenimento. Ás vezes via um amigo se ferir em meio ao caos, e sabia que um dia poderia ser ele entre as ferragens. Os corajosos continuavam porque gostavam da adrenalina, porém outros partiam com medo de fazer a família sofrer.

Normalmente não aconteciam duas corridas no mesmo lugar, no entanto as circunstâncias estavam estranhas, e o grande prêmio da Áustria repetiria por duas semanas.

Ele não se sentia completo entre todos aqueles rostos. Sentado na frente das câmeras com tantas pessoas cheias de expectativas esperando que perdesse, ficasse no fim da fila para apontarem para ele cheias de si. Todo fim de semana corria com o intuito de provarem que todos erraram sobre o grande campeão Hamilton.

Claro que sorriria quando fizessem brincadeiras ou lhe direcionassem uma pergunta idiota. Ás vezes revirava os olhos quando ninguém estava vendo. Passeava pelo paddock sabendo ser intocável, odiado, invejado. Não importava o que diziam, ou como era dito, manteria sua força de vontade no que acreditava.

Aproveitava os dias como rei, porque era assim que se via. Não era mais o garoto com um sonho, mas aquele que vivia o sonho. Lewis estava orgulhoso do grande campeão Lewis Hamilton.

— Odeio esse frio. – reclamara George ao seu lado.

— Você é inglês!

— Não quer dizer que eu goste. – cruzou os braços ao sentir o vento gelado – E na minha casa é quente, não sofremos muito no inverno.

Finish Line ✔Où les histoires vivent. Découvrez maintenant