⩩ : 𝙩𝙝𝙞𝙧𝙩𝙮 𝙩𝙬𝙤 , 𝖨 𝖼𝖺𝗇'𝗍 𝖻𝖾 𝖿𝗂𝗇𝖾

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Meus olhos estão irritados e inchados, formigando pelo esforço de mantê-los abertos mesmo com cansaço excessivo que sinto.

Fazem horas desde que cheguei do exame de licença provisória e vim para Tóquio, sem dizer ou dar explicações para ninguém; a ansiedade de ver meu pai acordado e bem era maior do que qualquer outra coisa. Por isso, assim que a notícia de não poder visitá-lo chega a mim, tudo o que consigo sentir é a mais pura frustração.

Seu estado de saúde é delicado e após a rápida entrada de Keishin no quarto para vê-lo, a emoção causou a queda da sua pressão, deixando-o ainda mais fragilizado.

Eu não tinha palavras para descrever o quão doloroso era ver o homem que sempre considerei invencível e inalcançável se abalar por uma simples visita. Me dava a total noção do quanto a vida nos prega peças e que no final, não temos o menor controle sobre ela.

Tudo piorava quando meus pensamentos se voltavam a minha própria impotência diante da situação. Já passava das duas da madrugada e nenhuma notícia chegava a mim ou à minha mãe. Quanto tempo ainda teríamos que esperar para saber o mínimo? Só queríamos saber se ele realmente estava bem ou corria algum risco.

Ouço o tilintar do aviso das portas do elevador que toca pela terceira, acompanho a saída e entrada pelas portas metálicas na medida em que paramos nos andares desejados. Os movimentos são lentos, quase todos carregam as marcas de exaustão no rosto causadas pelo horário e o dia cheio, assim como eu.

As portas metálicas se abrem assim que paramos. Caminho lentamente e saio do cubículo claustrofóbico carregando uma garrafa térmica com sopa para que pudesse dá-la a okaasan. Percorro os corredores até chegar na ala UTI, onde a movimentação é quase inexistente e a atmosfera que cerca o local bem mais pesada.

ㅡ Trouxe isso para a senhora ㅡ digo para okaasan ㅡ Sei que não comeu nada ainda.

ㅡ Não estou com fome, Mahina ㅡ ela rebate inexpressiva sem olhar para mim ㅡ Você deveria voltar para U.A.

ㅡ E deixar a senhora aqui sozinha? De jeito nenhum.

ㅡ Eu fiquei aqui sozinha por semanas, Mahina. Não é como se isso fosse fazer muita diferença ㅡ dá de ombros ㅡ Não poderemos ver Jiwon até que seu estado esteja completamente estável.

ㅡ Ligarei para Keishin, ele tem-

ㅡ Ele não virá ㅡ me interrompeu ㅡ Seu irmão ficou se sentindo culpado pela piora de Jiwon, até que o quadro dele esteja estabilizado, duvido que ponha os pés aqui.

Merda ㅡ praguejei.

Passo minhas mãos pelo rosto irritada. Não posso deixar minha mãe aqui sozinha. Se algo acontecer com outosan e ela estiver sem ninguém para apoiá-la… Mas, ao mesmo tempo, minha cabeça lateja com a lembrança de que a cada minuto que permaneço de braços cruzados, a investigação sobre o atentado e todos os seus envolvidos continua correndo em Masutafu.

𝐅𝐄𝐄𝐋 𝐈𝐓 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 ៸ 𝖻𝖺𝗄𝗎𝗀𝗈𝗎 katsukiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora