- Capítulo 34 -

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-GAEL CARTIER-

Dirigi o mais depressa que pude para um hospital próximo. Chagando lá, a pequena foi recebida por uma equipe de médicos que fizeram algumas perguntas a Joana, logo depois a menina foi colocada em uma maca, e levada para uma sala reservada. Joana e eu tivemos que esperar por notícias na recepção do hospital.

Me sentei na poltrona ao lado de Joana que chorava baixinho para que eu não pudesse ver que sua fraqueza era a filha.

— Pare de sofrer antecipado, não sabemos o que ela tem? Pode ser algo bobo.

Ela levantou a cabeça em minha direção limpando os olhos com o dorso das mãos.

— A dois anos ela foi diagnosticada com lúpus, Gael.

— Lúpus?

— Sim. É uma doença inflamatória causada quando o sistema imunológico ataca seus próprios tecidos ocasionando múltiplas infecções pelos órgãos internos. Se algo der errado, ela pode morrer.

— Ah! Meu Deus! — peguei suas mãos e a apertei levando em consideração a gravidade da situação. — Tudo, vai ficar bem.

Ela apenas confirmou com a cabeça enquanto segurava as minhas mãos com força.

Ficamos em silêncio por um tempo até ela virar o rosto em minha direção, e me olhar daquela forma arrependida que me fazia sentir um carrasco.

— O que foi? — Perguntei.

— A minha filha, ela... ela gosta muito de você.

Sorri de leve.

— Também gosto muito dela, Joana.

— Gael... — A voz de Joana estava manhosa, chorosa e arrependida. — Me desculpe, eu sei que não deveria ter interferido na sua vida. Claro... — Ela deu de ombros. — Se você prefere a companhia daquele tipo de mulher, o problema é seu... não que eu esteja com ciúmes ou coisa do tipo, eu só fiquei brava...

Então era isso, Joana só teve aquela crise de raiva porque estava com... ciúmes? Será que...

— ... Não é porque não gosto de você, que devemos viver feito dois inimigos...

— Espera um minuto. —Me levantei da poltrona. — Então quer dizer que você não gosta de mim?

A encarei firme, ela desviou o olhar para suas mãos que estavam no colo.

— Bem... bem... eu... eu... — Balbuciou.

Vitória! Joana gostava de mim, eu só não sabia como.

— Isso não vem ao caso, eu só quero ter notícias da minha filha — fechou a cara.

Voltei a me sentar na poltrona sentindo o mais delicioso gosto da conquista. Saber que Joana estava por perto por querer, era bom. Eu estava decidido a desfazer aquela imagem terrível que construí a respeito de mim mesmo.

— Você disse que me odeia.

Ela continuou olhando para as mãos.

— Eu estava com a cabeça quente.

— Então, você não me odeia?

— Não Gael, eu... — Ela se calou.

Sua falta de palavras me dizia coisas das quais eu estava louco para ouvir de seus lábios.

Quero ficar com você pela minha própria vontade.

Te desejo.

Faça amor comigo?

A Garota perfeitaWhere stories live. Discover now