- Capítulo 68 -

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- JOANA FLORES -

Sete e meia da noite eu não tinha nenhuma coragem para sair de dentro do carro quando o motorista de Margaret parou em frente ao local que fora meu lar por meses, e eu vi a mansão de Gael toda iluminada, com leds, bolas neon e alguns convidados entrando e saindo com copos de bebidas nas mãos.

Meu estômago deu um nó, eu estava me sentindo uma adolescente em seu primeiro encontro.

Mesmo Margaret dizendo que Gael não estaria presente eu pressentia que nós iríamos nos esbarrar. E eu ainda não estava pronta para vê-lo depois de tudo.

Respirei fundo e segurei firmemente as mãozinhas de Isabel tomando coragem para descer do carro.

— Vamos amiga, já estamos paradas aqui a quase... — Dramaticamente Margaret olhou para seu relógio de pulso -, meia hora.

— Eu acho que vou voltar para casa — falei sentindo meu estômago enjoar de nervosismo.

— Deixa de ser insensível, Margaret! — Maria a repreendeu. — Se coloque no lugar dela, deveria ser mais compreensiva.

— Eu sei, Maria, mas uma hora ou outra ela terá que enfrentar seus temores. Ela pode encontrar ele em qualquer lugar, e quando acontecer, ela vai precisar ser forte para encarar a situação de frente — Margaret pegou a minha mão e me lançou um olhar compreensivo.

Maria me lançou um olhar que dizia que Margaret tinha razão.

— Devo concordar com a Margaret, amiga.

Assenti com a cabeça.

— Não precisa ter medo de se encontrar com ele, nós vamos estar junto de você. — Disse Margaret apertando minha mão levemente, me passando a sensação de segurança.

— Prometem que não vão me deixar sozinha?

— Mas é claro, amiga — Responderam.

— Vamos, mamãe! — Isabel insistiu puxando a ponta do meu vestido.

Respirei fundo me munindo de toda coragem.

— Tudo bem, vamos.

Saímos do carro juntas e caminhamos pela pequena estrada de cascalho que se estendia desde a beirada da rua até a entrada da casa, enquanto minhas amigas me incentivavam a lidar com meus temores.

E quando entramos na mansão, meus olhos encheram-se de lágrimas pela saudade e as lembranças que aquelas paredes me traziam, eu andava tão emotiva nos últimos dias, definitivamente eu não sabia o que estava acontecendo comigo.

Gael e eu vivemos tantas desventuras naquele lugar.

Apesar de todos os sentimentos que me apertavam o peito e me deixava com nó na garganta, minha atenção logo foi tomada quando observei que a arrumação do local estava impecável.

Apesar de todos os sentimentos que me apertavam o peito e me deixava com nó na garganta, minha atenção logo foi tomada quando observei que a arrumação do local estava impecável

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A Garota perfeitaWhere stories live. Discover now