- Capítulo 61 -

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- JOANA FLORES -

Naquela mesma manhã saímos de casa com o intuito de ir visitar Edgar, eu sempre temi que esse dia chegasse, e como não podemos fugir do destino, ele chegou.

Isabel ao meu lado, caminhava segurando a srta. Pompom, enquanto carregava embaixo do braço um livrinho de história que ela escolheu para ler para Edgar. Ela estava demonstrando mais felicidade do que imaginei que sentiria quando eu contasse que seu pai biológico não havia morrido.

Olhei para o alto e observei que o clima estava ótimo, embora o céu estivesse com alguns castelos de nuvens, o céu estava azul e o sol brilhava com toda força, sem nenhum indício de chuva.

Segurei firmemente as mãozinhas da minha filha, e paramos no sinal para atravessarmos a rua movimentada de carros apressados. Quando olhei para o outro lado da rua, vi um homem alto como Gael, usando o mesmo corte de cabelo, a mesma covinha no queixo, os mesmos olhos azuis, e a sua famosa postura arrogante. De longe ele me encarou e trocamos olhares furtivos.

Meu coração saltou do peito.

Será que ele veio me procurar? Pensei.

O segui com o olhar, quase abrindo um sorriso. E, quando o sinal fechou, e finalmente pudemos atravessar a rua, o homem veio em minha direção e só então eu percebi que tudo não passou de um fruto da minha imaginação. A imagem de Gael foi se desfazendo à medida em que o homem se aproximava.

Ele passou por mim sorrindo amigavelmente jogando todo o peso do seu olhar em meu corpo.

Senti vergonha por estar usando um vestido branco justo que mostrava minhas curvas. O homem deve ter pensado que eu estava flertando com ele.

Eu andava vendo Gael ao redor de cada esquina, em cada canto da cidade. Até quando eu olhava pela janela do quarto do apartamento, eu via seu modo de andar nos homens em miniatura que caminhavam na calçada da rua lá embaixo.

Eu estava completamente presa a um frenesi; em um amor platônico; avassalador, do qual eu nunca havia sentido antes, afinal Gael foi o meu primeiro amor, e eu não sabia como me livrar daquilo. Eu o queria, eu o amava, e, eu sentia tanto por tudo, pois, assim como no conto, acabei me apaixonando pela fera que me obrigou a viver em seu palácio.

Mordi o lábio e fiz sinal para o táxi. Prontamente o motorista abriu a porta para que eu pudesse entrar junto de minha filha.

O desfecho daquele dia, estava por conta do destino...

O desfecho daquele dia, estava por conta do destino

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A Garota perfeitaWhere stories live. Discover now