- Capítulo 67 -

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- JOANA FLORES-

Minhas amigas e eu, passamos o dia inteiro no SPA. Recebemos uma ótima e revitalizadora massagem, praticamos yoga, fizemos bronzeamento artificial entre outros mimos.
Rimos, comemos chocolate, conversamos amenidades e fizemos planos para o futuro.
Foi ótimo passar aquele tempo com as minhas amigas, ainda mais por ser uma despedida.

Eu sentiria tanta falta daquelas duas!

E, através da incansável e incessante insistência de Margaret, fomos submetidas a um duro processo de beleza, onde fizemos unha, cabelo e maquiagem.

Margaret optou pela cor vermelha de seu esmalte, segundo ela, combinaria com seu vestido justo vermelho que ela comprou para "causar" na festa... ela não modificou nada em seus cabelos, apenas fez um penteado, deixando seus fios presos, enquanto um longo e cacheado rabo de cavalo caía sobre as suas costas. Devo ressaltar que ela exagerou na maquiagem em tom de preto com cinza que combinava com os contornos feitos em seus lábios pelo batom vermelho sangue que ela escolheu.

Pedi à cabeleireira que escovasse e fizesse cachos nas pontas dos fios de Isabel. Vaidosa como minha menina é, pediu que lhe fizessem uma leve maquiagem que combinasse com seu vestido.

Maria, pintou seus cabelos de castanho escuro e os alisou, sua maquiagem embora fosse simples, ressaltava o brilho dos seus olhos, que foram delineados e alongados. Ela escolheu na palheta de cores um degradê na tonalidade amarelo para a sombra, que combinaria com o vestido que ganhou de presente de Margaret.

E, como eu estava em um momento de mudança radical, resolvi que era hora de mudar também a aparência. Pedi a cabeleireira para abrir a cor dos meus cabelos castanho-escuro, fiz reflexo e cortei as pontas deixando-o com o corte reto. A maquiagem ficou impecável, escolhi tons de dourado com preto para a sombra, meus olhos foram devidamente delineados e meus cílios alongados. Minha pele parecia muito com pêssego de tão lisinha e bonita depois de aplicar a base e o corretivo. Meus lábios foram cobertos com batom rosa claro salientando seu volume, e minhas unhas foram alongadas e pintadas de rosa, para combinar com o batom.

Quase não acreditei quando olhei meu reflexo no espelho.

Eu estava me sentindo uma supermodelo de revistas.

Enquanto o motorista de Margaret nos levava para o meu apartamento — local onde marcamos de nos vestir —, percebi que Margaret estava com o comportamento bastante suspeito para o comum.

Durante o dia ela pareceu tensa... se não fosse por uma ligação suspeita que ela recebeu, onde ela disse meu nome e em seguida disse que estava tudo certo, eu poderia pensar que ela estava sofrendo com o stress por causa da festa.

E no calor dos acontecimentos, nos esquecemos de perguntar o principal:

— E, onde vai ser a sua festa, Margaret? — Perguntei.

— É mesmo Margaret, onde vai ser a festa? Você não disse, e também não nos deu um convite — Maria que ia sentada no banco carona da frente também perguntou.

Minha amiga riu tensa.

— Ah, meninas! Pra quê vocês querem saber disso, se o meu motorista vai nos levar até o local?

— E, se você estiver nos levando para a forca? — Em tom de zombaria Maria respondeu.

— É verdade e se você estiver nos levando para alguma furada? Agora para de mistério e diga logo onde vai ser sua festa de aniversário — insisti.

Margaret mordeu o lábio e franziu o cenho.

— É mesmo importante?

— Sim — Maria e eu respondemos uníssono.

— Tudo bem... — Margaret respirou fundo e me olhou encolhendo os ombros.

— Na mansão Cartier.

— O quê? — Soltei um grito histérico.

O motorista que ia dirigindo tranquilamente, tomou um susto e freou bruscamente jogando nossos corpos para frente.

— Aonde? — Tornei perguntar com os olhos esbugalhados e com o meu coração batendo descompensado no peito.

E, mais uma vez, minha amiga encolheu os ombros e franziu a testa.

— Vocês estão bem? — Perguntou o homem.

— Sim — respondemos juntas.

O motorista voltou a dar partida no carro.

— Me perdoa, Joana, é que meu namorado é amigo da família Cartier, eles tiveram uma reunião essa semana e...

— E, você teve a brilhante ideia de fazer uma festa na casa do homem que... — Olhei para Isabel que distraída vinha sentada ao meu lado brincando com a srta. Pompom — Partiu meu coração — Sussurrei.

Ela mordeu o lábio completamente amedrontada.

— Não fica chateada comigo, amiga. Ele nem vai estar lá... Pelo que sei, ele foi viajar a trabalho — Seu tom saiu esganiçado.

Respirei fundo.

Margaret só podia estar aprontando. Mas, devo confessar que senti algumas borboletas voando no meu estômago quando pensei em rever Gael. Eu sentia tantas saudades daquele cretino.

Antes de ir embora seria bom olhar para aquela casa onde vivemos as mais inusitadas situações até confessar o nosso amor. E se ele estivesse lá, seria bom também dar uma última olhada para o homem, o único homem capaz de me despertar sentimentos intensos.

Depois de descobrir o que Margaret tinha aprontado, fiquei indignada com sua atitude mal pensada, mas mesmo assim me esforcei para dar a ela à noite da qual ela merecia; mesmo com desejo de matá-la, coloquei um sorriso no rosto e tentei agir naturalmente, embora o frio na barriga aumentasse cada vez mais, quando os minutos passavam e a hora da festa se aproximava.

Quando chegamos no meu apartamento cada uma colocou seu vestido e seus acessórios, pegamos nossas bolsas de mão, e saímos do apartamento, indo rumo à festa.

Quando chegamos no meu apartamento cada uma colocou seu vestido e seus acessórios, pegamos nossas bolsas de mão, e saímos do apartamento, indo rumo à festa

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