ATTRACION - Série Simetria Perfeita
Era noite de magia, em que se cumpriam ritos secretos para celebrar o amor... Um amor a muito tempo perdido e buscado por uma bruxa e um guerreiro. Um ser imortal e um humano, perdidos dentro das linhas do tempo.
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"SÃO AS DIFERENÇAS QUE FAZEM O CASAL PERFEITO"
Em meados de 1985...
Os humanos da DC City acordaram com uma temperatura muito baixa naquela primeira terça-feira de dezembro. A data marcava também a audiência final de Oliver Rosenberg em um processo civil que recebera muito mais atenção dos meios de comunicação locais do que merecia. Parte da razão para o interesse exagerado consistia no fato de o réu ser um importante e rico homem de negócios da cidade. Além disso, o próprio Rosenberg era uma celebridade quase tão cultuada como os deuses antigos.
Apenas as pessoas muito ricas ou influentes tinham condições de contratar os serviços da firma de advocacia Rosenberg e Wayne. Embora os honorários fossem exorbitantes, o veredicto de quase todos os casos que aceitavam mostrava-se favorável ao cliente. A reputação deles era tamanha que o fato de tê-los como advogados tornara-se uma espécie de símbolo de status. Oliver Rosenberg recebia a maior parte das honras, como o orador brilhante que deixava a todos fascinados no tribunal, enquanto Kyle Wayne mantinha-se mais discreta. Ela era a sócia com aptidão para as pesquisas tediosas e, com muita frequência, era sua mente perspicaz que descobria os argumentos sobre os quais baseariam a defesa do cliente.
Oliver sentou-se a sua mesa no escritório, com uma xícara de café amargo à sua frente como sempre fazia, para estudar as anotações que preparara para apresentar no tribunal, mas sua concentração estava dispersa está manhã o que lhe pareceu muito estranho. Isso, na verdade, não importava, porque ele quase sempre preferia falar de improviso, confiando na sua intuição. Muitas vezes mudara no último momento a tática planejada, atento à postura ou à expressão dos jurados. Esse seu aguçado sexto sentido era a arma quase infalível que lhe conferia a flexibilidade necessária para conduzir as sentenças a favor dos clientes.
O ritual de ir até o escritório para concentrar-se antes de aparecer diante do corpo de jurados era, mais do que um hábito, um meio de combater o nervosismo. Servia também para acalmar a costumeira preocupação quase neurótica de sua sócia Kyle Wayne. Para ela, cada novo caso representava um desastre em potencial que ameaçava a credibilidade da firma. Para ela, a desgraça espreitava em cada canto. O dia anterior ao julgamento era o pior, pois Kyle perdia então toda sua objetividade e autoconfiança.
— Vamos perder. Vai ser preciso um milagre para nos salvar desta vez. E pode parar com esse risinho bobo, Oliver Rosenberg. Sei o que você está pensando. Lá vem ela de novo pondo para fora suas inseguranças! Certo, admito que até hoje meus receios foram infundados, mas desta vez é diferente, Ollie. Tenho um forte pressentimento sobre este caso. Estou lhe dizendo, é muito provável que a sentença seja contra nós. Vamos parecer uma dupla de incompetentes e ninguém mais vai procurar nossa firma. Você ri, não é? Espere só até amanhã. Quero ver se continuará rindo ao ver todo o nosso trabalho duro para estabelecer uma boa reputação ser jogado pela janela. Ela continuou lhe dizendo mais um n=monte de coisas sem sentido algum e o que era mais impressionate era que Kyle nem fazia pausa alguma para respirar, isso sempre o deixou admirado.
