Capítulo 29 - Os Raios Caem Onde Não se Esperam

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"O que está por vir é muito melhor do que você está deixando para trás

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"O que está por vir é muito melhor do que você está deixando para trás."

Pela segunda vez Oliver acordou com o toque insistente do alarme do relógio. Espreguiçou-se e esticou o braço para desligar o barulho irritante.

Colocou a mão diante dos olhos para protegê-los da luz que entrava pela janela e quase adormeceu outra vez. Trechos do mais recente episódio de seus sonhos estranhos passavam como um filme pela sua mente. Via imagens nítidas dele próprio fazendo amor com Chandra. Nítidas até demais!

Devagar, virou-se de lado e constatou que estava sozinho. Havia sido apenas mais um sonho. Mas por que parecia tão real?

Bocejou preguiçoso, lembrando as cenas mais fortes do sonho. Ele e Chandra entregues a fantasias eróticas durante toda a noite.

Afastou as cobertas e preparou-se para levantar. Foi então que um brilho prateado chamou sua atenção. Seu estômago sofreu uma reviravolta quando ele pegou a fina corrente e a puxou de baixo do travesseiro.

Soube que suas suspeitas eram verdadeiras antes mesmo de confirmá-las. O brilho prateado era do colar de Chandra, o pendente que ela mantinha escondido. Ela estivera mesmo no quarto àquela noite! Que outra explicação poderia haver?

Ele sacudiu a cabeça, tentando raciocinar.

— Vamos com calma. — Tinha de haver uma explicação racional. Só precisava pensar com lógica. A: Ele sonhara que estava fazendo amor com Chandra. B: Acordara sozinho, mas depois encontrara o colar dela em sua cama. C: Podia concluir que ela de fato estivera em sua cama naquela noite e os dois haviam mesmo feito o que ele julgara ser apenas um sonho, ou D: Ela perdera o colar ao arrumar o quarto e ele estava tirando conclusões apressadas.

Decidiu examinar a prova mais de perto. Na segunda inspeção, notou que o fecho do colar estava quebrado.

— Ah-ah! Ele segurou o travesseiro sob o queixo para colocar uma fronha limpa. — Oliver pegou o travesseiro e reconstituiu o crime. — O fecho abriu quando ela baixou o travesseiro e o colar veio junto para a cama. — Jogou o travesseiro de lado. Parecia uma teoria lógica. Mas ainda havia outra suposição para considerar: que enquanto ambos se viam envolvidos em louca paixão o colar tivesse enroscado em alguma coisa e quebrado o fecho, fazendo com que a corrente escorregasse do pescoço dela.

— Droga! E agora! Nós fizemos ou não fizemos outra vez?

Nesse momento pouco oportuno, Meia-noite arranhou a porta pelo lado de fora. A lingueta da fechadura, pelo menos daquela vez, não se soltou.

Nu e confuso, Oliver apenas permaneceu sentado, ouvindo o ruído infernal que o gato fazia na porta. Por fim, afrouxou a pressão dos dedos sobre o pendente de lua e deixou-o sobre a mesinha-de-cabeceira.

— Você está perdendo, Rosenberg. Não há dúvida disso. Um ou dois dias atrás estava quase convencido de que esse gato maluco era capaz de atravessar paredes. — Ele tornou a deitar de costas e ficou olhando para o teto. — O que vou dizer a ela? Ah, a propósito, Chandra, nós por acaso fizemos amor esta noite? Droga! Ela vai achar que eu sou louco!

ATTRACTION - Série Simetria Perfeita - Livro IIIWhere stories live. Discover now