ATTRACION - Série Simetria Perfeita
Era noite de magia, em que se cumpriam ritos secretos para celebrar o amor... Um amor a muito tempo perdido e buscado por uma bruxa e um guerreiro. Um ser imortal e um humano, perdidos dentro das linhas do tempo.
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"SÃO AS DIFERENÇAS QUE FAZEM O CASAL PERFEITO"
João divertia-se observando os dois. Sabia que Meg não iria embora enquanto não descobrisse se o estranho era um homem livre ou não. E ele não parecia muito disposto a fornecer-lhe a informação. João cruzou os braços, esperando curioso pela resposta.
— Creio que não. Estou viajando sozinho.
— Compreendo. Claro que há outras atividades que talvez sejam de seu interesse. Posso deixar um folheto em seu hotel. E se decidir trazer sua esposa na próxima viagem, ela já terá uma idéia de alguns dos aspectos mais pitorescos da cidade.
João veio fazer o salvamento.
— Não são os seus filhos ali na rua com uniforme de hóquei, Meg?
— Ah, meu Deus! São eles, sim. Devem ter pensado que eu me esqueci deles e resolvido ir para casa a pé. — O sorriso de Meg desapareceu, sendo imediatamente substituído por duas linhas fundas que iam do nariz até os cantos da boca. — Eu já lhes disse uma centena de vezes para esperarem na escola. — Ela correu para a porta, abriu-a e gritou com toda a força de seus pulmões. — Tommy , Joshua! Já para o carro! Agora! Seus dois delinquentes espere só até chegarmos a casa! Vocês querem me deixar louca por acaso? Eu juro que não mereço isso.
Sua voz estridente trouxe à mente de Oliver a lembrança de um giz esfregando no quadro-negro. Como ele detestava aquele som! Meg tornou a abrir a porta do bar e suavizou a voz.
— Foi um prazer conhecê-lo. Quem sabe nos encontremos outra vez e eu o convença a fazer o passeio pela cidade. — Com mais um de seus sorrisos brilhantes, ela retirou-se e foi cuidar de seus gêmeos.
João e Oliver entreolharam-se e sorriram.
— Meg é um pouco insistente. — João sacudiu a cabeça observando-a agarrar os dois filhos pelos pescoços literalmente e empurrá-los para o banco traseiro do carro.
— Um pouco? Você está sendo bastante gentil pelo que vejo. — Oliver tentou concordar com ele. — Obrigado pela ajuda. Seu nome é João, não? — Estendeu a mão.
— João Mello.
— Sou Oliver Rosenberg. — Habituado a avaliar rapidamente as pessoas, Oliver decidiu que gostava de João. Ele era bem-humorado e direto, duas qualidades que valorizava em uma pessoa.
— Quer mais café?
— Não, obrigado. Mas você poderia me fazer outra coisa.
— Se eu puder. — João recolheu a xícara de Oliver e limpou o balcão com um pano que voltou ao seu ombro logo em seguida.
— Estou ansioso para conhecer Frank Delport e não queria correr o risco de chegar atrasado para encontrá-lo no ancoradouro amanhã. Você saberia me dizer onde eu posso falar com ele esta noite mesmo?