Capítulo 9 - Somos Quem Podemos Ser

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"SÃO AS DIFERENÇAS QUE FAZEM O CASAL PERFEITO"

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"SÃO AS DIFERENÇAS QUE FAZEM O CASAL PERFEITO"


A lua, um lago, árvores floridas e neblina: esse era o cenário do sonho de Oliver.

O lago aconchegava-se entre altas samambaias e a água refletia a imagem das árvores que se erguiam por parte. Estranhamente, a neblina não era úmida como ele esperaria encontrar em uma ilha paradisíaca. Ao contrário, dava mais a impressão de vapor de gelo seco, densa e esfumaçada. No entanto, a brisa suave em sua pele e as folhagens luxuriantes indicavam um clima quente.

Onde estaria ele? Não tinha nada que pudesse orientá-lo. Exceto a sensação de estar em uma floresta tropical. Pássaros de cores vivas e borboletas exóticas voavam ao luar. O perfume de gardênias selvagens o envolvia. Havia algo de Indonésia na atmosfera, uma beleza do tipo encontrado em Bali... Ou estaria enganado?

Seu olhar voltou-se para o lago. Sobre a superfície espalhada da água deslizavam raros cisnes negros e seus gritos de acasalamento eram os únicos sons que quebravam o silêncio. E na areia das margens, um grupo de pavões montava sentinela, com suas caudas azul-esverdeadas e douradas abertas. O espetáculo era deslumbrante.

Mas foi outra observação, quando levantou os olhos para o céu e focou o objeto brilhante que dominava o negrume infinito, que causou um frio na espinha de Oliver. Uma fala do filme O Mágico de Oz veio-lhe à mente: "Acho que não estamos mais em Kansas, Toto". Pelo Anjo ele deveria estar completamente louco.

Não estava fitando uma lua comum. Ele baixou a cabeça, respirou fundo e então arriscou uma segunda olhada. Não, não havia imaginado o fenômeno. A lua não era esférica como aquela a que estava acostumado, mas compunha-se de duas meias-luas voltadas em direção opostas e unidas pelo centro, formando uma espécie de H. E sua cor também não era prateada como o usual, mas sim azul. Um azul diferente, muito claro. Era a coisa mais estranha que já havia visto. Eram como os olhos daquele gato e de Chandra.

Como fora parar naquele lugar? Embora tivesse uma vaga sensação de haver viajado através do tempo, não tinha lembrança alguma da jornada. Que coisa mais maluca. Parecia ter saído de um romance de ficção científica! Estaria tendo uma alucinação? Não se recordava de ter ingerido nada de estranho anteriormente.

Foi então que Oliver notou a forma enevoada de uma pessoa do outro lado do lago. Apertou os olhos tentando colocar a figura em foco. Através da neblina, pôde identificar a silhueta de uma mulher, uma mulher com um corpo inacreditavelmente bonito. Ela parou sobre uma pedra lisa à margem da água e sua posição elevada postou-a ligeiramente acima da neblina. O luar a iluminava e Oliver pôde perceber que ela usava apenas um tecido acetinado de cor azulada que dava voltas em pontos estratégicosem seu corpo delgado, o tecido era na verdade bastante reduzido e um adorno de flores silvestres em torno da cabeça e do tornozelo direito. Por causa do brilho do luar o tecido dava a impressão de ser feito de um material metálico que brilhava em tons de estanho, cobre e ouro a cada mínimo movimento do magnífico corpo sob a luz da lua. Os cabelos volumosos desciam até a cintura e brilhavam com os mesmos tons de estanho, cobre e ouro quando ela os ergueu do pescoço e arqueou as costas nuas para espreguiçar-se languidamente.

ATTRACTION - Série Simetria Perfeita - Livro IIIWhere stories live. Discover now