Capítulo 3

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Rony e Hermione, junto com o resto dos Grifinórios, estavam olhando para Harry cautelosamente, enquanto ele se sentava, ainda segurando sua xícara de café.

- Desculpe por isso.- ele murmurou.- Ignore-os...eles são...

- Bebês comensais da morte?- Rony ofereceu. Harry lançou um olhar para o ruivo, antes de admitir com um sorriso irônico.

- E bastante temperamentais.

Ambos ainda estavam olhando para ele. Assim como todos os outros; quando eles não estavam ocupados ficando boquiabertos com os viajantes do tempo. Snape e Dumbledore pareciam particularmente atentos a sua observação. O rosto de Snape estava retorcido em uma máscara rígida, inflexível a qualquer deslize de emoção que pudesse lançar luz sobre seus pensamentos mais íntimos. Os olhos negros estavam fixos nele, sem vacilar, com apenas os mais leves olhares dirigidos a Tom e Zevi.

Harry tentou aproveitar o café da manhã e a companhia de Rony e de Hermione o melhor que pôde sob o escrutínio. No entanto, seus nervos estavam ficando tensos. Ele mal podia esperar que as aulas começassem.

Uma mulher cor-de-rosa e atarracada, parecida com um sapo, havia se levantado na mesa dos professores, pedindo silêncio. Ninguém faz anúncios no café da manhã, embora ele supôs que a rotina normal dos banquetes de abertura tenha sido distorcida na noite passada, então a mulher não teve a oportunidade. Ainda assim. Quem era ela para fazer discursos, afinal? Ela tinha que ser a nova professora de Defesa Contra As Artes Das Trevas. Certamente o que ela tinha que dizer poderia esperar por sua primeira aula?

Que, aliás, foi a primeira lição do dia. Grifinória e Sonserina. Por que essas duas casas sempre foram emparelhadas para os assuntos mais perigosos? Defesa, Poções, vôo...era como se alguém estivesse querendo fazer faíscas voarem. Ele suspirou suavemente quando a sala caiu em um silêncio ligeiramente confuso.

- Hem hem.- a professora tossiu, sorrindo com uma doçura açucarada.

- Bem, devo dizer que é simplesmente adorável estar de volta a Hogwarts e ver nossos alunos tão felizes.- sua voz adquiriu uma tensão que mal foi notada.- Mesmo que pareça que certos procedimentos mudaram.- seus olhos varreram os viajantes do tempo nervosamente.- Espero que todos possamos ser melhores amigos, estou muito ansiosa para conhecer todos vocês.- ela sorriu. Alguns alunos desviaram o olhar de Harry pela primeira vez, felizmente, para trocar sorrisos mal disfarçados.

- Eu serei amiga dela se eu não tiver que pegar emprestado o casaco dela.- Parvati sussurrou para Lilá; fazendo as duas caírem em risadinhas silenciosas.

- O Ministério da Magia sempre considerou a educação de jovens bruxos e bruxas de vital importância. Os raros dons com os quais vocês nasceram podem não dar em nada se não forem nutridos e aperfeiçoados por meio de instruções cuidadosas. As antigas habilidades exclusivas da comunidade bruxa devem ser passadas de gerações em gerações para que não as percamos para sempre. O tesouro do conhecimento mágico acumulado por nossos ancestrais deve ser guardado, reabastecido e polido por aqueles que foram chamados à nobre profissão de ensino.

Umbridge parou para fazer uma pequena reverência para os outros professores, nenhum dos quais mostrou qualquer inclinação de retribuir o gesto. Harry viu McGonagall e Sprout trocarem olhares significativos, e olhou para Tom, cuja expressão era ilegível. A sapa continuou.

- Cada diretor e diretora de Hogwarts trouxe algo novo para a pesada tarefa de governar esta escola histórica, e é assim que deve ser, pois sem progresso haverá estagnação e decadência.

Harry sentiu seu sangue gelar. Oh não. Rony parecia estar adormecendo, sua bochecha escorregando contra a palma em que estava apoiada. Hermione parecia indignada. Os alunos que não permaneciam com os olhos vidrados, estavam todos entrando em conversas murmuradas. Ela continuou a falar muito.

O Favorito do DestinoWhere stories live. Discover now