Capítulo 4

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Carrancudo e com um humor terrível, Harry caminhou em direção a Sala Precisa. Ele tinha andado negligenciando seu treinamento. Quando estava preso no passado, sem nenhum desejo de se associar aos seus colegas de quarto, ele acabou recorrendo a outras fontes de entretenimento. Harry gostou de seu treinamento. Ler também não era tão ruim assim que ele superou o horror aos livros; embora duvidasse que alguma vez tivesse lido por prazer.

No entanto, ele não queria deixar mais ninguém morrer. Chega de Cedricos em sua vida. Nunca mais ele seria indefeso. Também era uma excelente maneira de evitar azarar todos ao seu redor (Grifinórios principalmente) e manda-los para a ala hospitalar.

Ou seja, Gina Weasley. Como ela ousa? Só porque ele não estava por aí gritando que todos os Sonserinos são escórias, ele estava do lado mal? Ela não tinha o direito de dizer isso. Sim, ela tinha uma razão para não gostar de Tom, mas ela não ia sequer dar uma chance ao resto deles. Ela nunca deu chance a nenhum deles.

Depois, houve todo o discurso sobre como ele estava traindo a memória de seus pais por ser amigo do assassino deles. Tom não era Voldemort. Ainda não. Ele teve a oportunidade de tentar impedir isso. Mas não! Aparentemente ele agora era um comensal da morte traidor: ela estava esquecendo quem a salvou na Câmara Secreta?

Salazar. Tudo estava acontecendo muito rápido. Quando as janelas começaram a tremer, Harry sabia que precisava se acalmar. O treinamento ajudou. Ele teve tempo enquanto esperava que Tom aparecesse.

Nunca fazia sentido procurar por Tom, eles sempre acabavam se encontrando, algo que ele descobriu rapidamente quando estava no passado, tentar evitar o outro garoto que era o problema. O futuro Lorde das Trevas sempre saberia onde encontrá-lo. Eles muitas vezes acabavam brigando ou simulando duelos entre si, e apesar dos protestos de todos os outros, era mesmo somente uma simulação.

Eles simplesmente não entendiam que só porque ambos estavam tentando se amaldiçoar, não significava que estavam discutindo seriamente. Francamente, se seus conflitos chegassem a esse nível...nem valia a pena pensar nisso.

Eventualmente, todos se acostumaram a ver os dois se arrastando ensanguentados e quase mortos para a ala hospitalar. Foi estranhamente emocionante duelar com Tom. Desafiador, como tão poucas coisas pareciam ser. Verdade seja dita, ele provavelmente tinha um desejo de morte.

Harry nunca tinha realmente se esforçado na escola. Ele não queria a atenção extra de se sair acima da média, e ele não queria ofuscar Hermione e perder sua amiga. Ele já podia imaginar Tom explodindo com o fato de que Harry não tinha as melhores notas nesse tempo.

- Como será que adivinhei que você estava aqui?- Tom caminhou calmamente em sua direção, facilmente se esquivando da maldição que Harry disparou instintivamente. O bastardo deveria ter sabido melhor do que entrar sem aviso prévio. Uma fileira de bonecos animados foi rapidamente destruída. A parede atrás de Tom estava marcada por uma rachadura profunda e feia.

- Você é vidente.- ele respondeu, deixando sua magia se acalmar mais uma vez.

- Você descobriu meu segredo mais profundo e sombrio: eu posso ter que te matar.

- Mesmo? Como isso está funcionando para você?- ele zombou. Tom franziu a testa.

- Continue falando e você vai descobrir.- ele respondeu. Harry apenas revirou os olhos. Essa ameaça era nova. Tom transfigurou seu campo de treinamento em uma réplica exata da Sala Comunal da Sonserina. Ambos se sentaram em um sofá. Houve um momento de silêncio.

- Então, você acha que o nome Lorde Voldemort é ridículo?- Tom questionou em tom de conversa.

- Quase tive um ataque cardíaco quando Abraxas disse isso.- admitiu.

- Eu notei.- Tom sorriu. Houve um momento de silêncio.- Me diga um melhor.

- Huh?

- Perdão.- Tom corrigiu, automaticamente.- Se você acha que é um nome tão ridículo, tente inventar um melhor.

- Por quê? Eu não estou planejando me tornar um psicopata assassino em massa.- ele levantou uma sobrancelha. Tom lançou-lhe um olhar maligno. Qualquer homem inferior teria se acovardado. Harry apenas sorriu.

- Acabamos?- ele perguntou, finalmente, quando nenhuma resposta parecia próxima. Os olhos de Tom se estreitaram.

- Eu juro que você costumava ser tolerável.- ele disse, irritado.- Você passou muito tempo com os Grifinórios.

- Eu sou um Grifinório. A gravata diz isso.

- Eu vou queimar essa maldita gravata.- Tom murmurou, sombriamente.

- Eu pensei que era culpa do Chapéu Seletor?- ele comentou, suavemente. Tom o encarou.

- Eu posso queimar isso também, se você quiser.- o Sonserino disse, sarcasticamente. Harry não respondeu, fazendo com que Tom erguesse os olhos novamente. O jovem Lorde das Trevas fez um barulho exasperado.- Ok. É isso.

Para seu ligeiro alarme, a varinha de Tom pressionou em sua garganta. Harry inclinou a cabeça para trás, longe da varinha. Como ele fez isso? Cobra estúpida e imprevisível que se move rapidamente.

Involuntariamente, Harry recuou na cadeira. Sim, só porque Tom não era tão intimidador (para Harry, pelo menos) não significava que ele estava confortável com a posição. Harry odiava a ala hospitalar e, francamente, queria evitá-la.

- O que eu fiz?- ele perguntou, cautelosamente. Por que sempre foi ele? Sua cicatriz estava queimando dolorosamente.

- A Grifinória eu poderia tolerar, Salazar sabe que você tem um complexo de herói grande o suficiente para ser classificado lá. A sangue ruim e o traidor de sangue, novamente, esperado. Mas isso? Por favor, me diga agora se estou perdendo meu tempo aqui?

- Isso dependeria do que você está tentando fazer?

- Harry.

- Tom.- Harry imitou. A expressão de Tom era uma clássica. Se não fosse pela varinha de teixo em sua garganta, ele poderia ter rido. O que estava acontecendo? Ele não estava ciente de ter feito algo deliberado para irritar o Sonserino mais velho. Nada além de suas conversas habituais de qualquer maneira.

- Não estou aqui para me associar com o menino de ouro de Dumbledore, nem com o herói da luz. Também duvido que tudo o que eu sei sobre você seja uma invenção, e tendo em mente essa nossa conexão, dificilmente estou enganado. O que significa que algo está errado.

- Você acha que algo está errado, então você aponta sua varinha para minha garganta?- ele perguntou, incrédulo.

- Não, a varinha é porque você é um tolo escorregadio que tem o mau hábito de fugir de situações e evitar questionamentos.

- Olha quem fala.

- Harry!

- Não é da sua conta.

- É, quando está me dando uma enxaqueca.

- Agora você sabe como eu me sinto...você se importa de remover essa varinha agora?

- Claro...uma vez que você me diga o que está te incomodando.

- Desde quando você se importa?

- Desde que eu tive que assistir ao seu funeral. Agora fale.

- Não.

- Legilimens.- estúpido Lorde das Trevas.

O Favorito do DestinoWhere stories live. Discover now