Harry puxou Parkinson para uma conversa depois de dar-lhe algum tempo para tomar o café da manhã, ignorando os olhos que ele podia sentir cravados em suas costas.
Ela não olhava para ele, suas bochechas vermelhas de vergonha e seus olhos baixos. Ele suspirou, sentando-se no parapeito de uma janela com vista para o pátio.
- Sinto muito por ontem.- ele começou baixinho, fazendo com que a cabeça dela se erguesse ligeiramente.- Digo isso por mim, e por Tom também, porque você nunca ouvirá um pedido de desculpas dele, por mais errado que ele esteja. Ele é um bastardo teimoso.
Ele ficou satisfeito ao notar que os lábios de Pansy se contraíram um pouco em diversão na última frase.
- Você não deveria levar a sério o que ele diz...ele é um sádico, e gosta de causar dor às pessoas.- Harry continuou.
Ela olhou para ele, com um acanhamento genuíno que parecia muito distante de sua timidez fingida nos últimos dias.
- Mas ele estava certo.- ela murmurou.- Eu não sou muito bonita. É por isso que eu...- ela engoliu em seco.- Você namoraria comigo?
Oh não. Ele não conseguia lidar com essas...coisas de garota.
- Hum.- ele começou, impotente.- Talvez. Em circunstâncias diferentes.
Provavelmente não.
- Circunstâncias diferentes, como se eu fosse bonita igual a Greengrass ou aquela garota Chang.- ela sorriu amargamente. A testa de Harry franziu. Ele ia matar Tom, porra. Psicopata sem tato!
- Não.- ele disse categoricamente.- Circunstâncias diferentes, como uma em que eu não tenha um Lorde das Trevas com o objetivo de me matar ou qualquer um que se aproxime de mim. Ou como se realmente nos importassemos um com o outro...quero dizer, você não, er, parece gostar de mim?- ele propôs hesitantemente.- Foi tudo muito repentino. Então, por que você, hum...
- Flertei com você?- ela terminou estupidamente, embora houvesse uma faísca de entretenimento em seu olhar pela falta de jeito dele.- Tentei te usar?
- Isso.- disse Harry. Ela o estudou seriamente.
- O quanto você sabe sobre como funciona a Hierarquia da Sonserina?- ela questionou.
- Não tanto quanto eu deveria.- Harry admitiu facilmente.
- Bem, em termos simples, quanto mais perto alguém está do líder da Sonserina, mais poder e influência essa pessoa tem sobre o resto dos Sonserinos...e de outros fatores também, mas não vou falar deles agora.
- Então você queria se aproximar de mim e por procuração, Tom?- Harry disse, se perguntando se deveria ser insultado ou não.- Por que não tentar com Abraxas ou Zevi?
- Riddle não tende a prejudicar aqueles de quem você é próximo.- afirmou Parkinson.- E você é o segundo melhor na Sonserina...e provavelmente o primeiro na escola quando a opinião pública está do seu lado.
O nariz de Harry enrugou.
- Como é que você é a primeira pessoa a tentar, então?- ele perguntou, de repente.
- Porque você é um risco.- disse ela.- Primeiramente, porque você não presta atenção em nossos sistemas, então não há nenhuma garantia, e em segundo lugar porque Riddle é extremamente possessivo e é capaz de atacar qualquer um que tente chegar muito perto de você, se você não intervir para evitar isso, o que, só para você saber, vai contra sua insistência de que ele não é seu namorado.
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O Favorito do Destino
FantasyExistem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse é o fim. A menos que ele tente mudar Voldemort. Mas e se as coisas fossem diferentes? E se, apenas uma vez, alguém seguisse um viajante do t...