- Sirius!- Harry estava de pé em um segundo, correndo pelo corredor, não se importando com quem o via, ou sobre os sussurros que disparavam em tons de confusão e medo.
Seu padrinho o abraçou com força, e por um momento Harry saboreou isso, antes de se afastar.
- Você está livre? Você está realmente livre? O que aconteceu? O que vai acontecer com Rabicho? O Ministério está...
- Harry.- Sirius riu, apertando seus ombros, olhos enrugados com calor.- Dê-me tempo para responder, garoto. Sim, estou livre. O Ministério não tinha nenhuma evidência válida para me colocar de volta em Azkaban. O rato receberá o beijo do dementador amanhã.
Algo cintilou nos olhos do homem mais velho ao dizer isso, uma dolorosa mistura de ódio e...simpatia?
Eles foram amigos uma vez. Não importa o que tenha acontecido, e isso doía.
Harry poderia se relacionar tão bem com esse sentimento.
- Ele é Sirius Black!- um menino da Lufa-Lufa choramingou.- Por que você está falando com ele?
E começaram a longa explicação.
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Voldemort andava de um lado para o outro da sala, agitado, Nagini encolhida no canto, observando seus movimentos com curiosidade.
- Você está com problemas.- ela sibilou. Ele olhou para ela.- É porque eles estão...felizes?
- Se eles estão felizes, então por que eu esqueceria?- o Lorde das Trevas perguntou, friamente, com o maxilar cerrado.- Não faz sentido, pois implicaria que eu me tornei como sou para manter Potter e essas memórias vivas...e dessa forma, este...lapso de memória seria redundante.
- Você acredita que o de cabelo oleoso está mentindo?- ela questionou, se desenrolando, com as presas à mostra.
Voldemort ficou em silêncio por um momento.
- Ele deve estar...ou algo deu errado. Algo que poderia, alternativamente, fazer com que eu me tornasse o que sou apenas para irritar Potter. Afinal, Tom não parece gostar muito do que se torna, então a única razão pela qual ele se tornaria eu é pertinente ao fato de Potter ser como ele é...mas por que não consigo me lembrar disso? Este é supostamente meu passado e criação, minha história. Eu deveria saber mais.
Ele falou suavemente, não levantando a voz, mas suas palavras foram alinhadas por bordas afiadas de gelo e aço.
- Como eu poderia esquecer?
Sua Horcrux o observava sem resposta em seus olhos amarelados.
- Por que eu esqueceria se eu estivesse...feliz?
Ele precisava encontrar alguém para torturar.
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Sirius, prestes a sair (porque aparentemente havia muito o que fazer como um homem recém-libertado) parou diante de Tom, parecendo desconfortável.
- Eu...eu acredito que tenho uma dívida com você pela minha liberdade.- ele disse, a voz soando neutra demais para seu padrinho normalmente despreocupado.
Harry congelou e sentiu os olhos de Tom deslizarem para ele por um momento, antes de voltarem para Sirius.
- Não.- o herdeiro da Sonserina respondeu.- Suas dívidas estão saldadas.
- Você salvou minha vida.- Sirius disse, engolindo em seco.- Duas vezes.
- E em ambas as vezes considero que essas dívidas comigo foram saldadas. Resolva-as com seu afilhado se sentir vontade de retribuir pelas concessões que ele fez em seu nome.
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O Favorito do Destino
FantasyExistem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse é o fim. A menos que ele tente mudar Voldemort. Mas e se as coisas fossem diferentes? E se, apenas uma vez, alguém seguisse um viajante do t...