Capítulo 14

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Hoje eles teriam a primeira aula de Carrow. Harry não estava ansioso para isso. Os professores de Defesa tinham o mau hábito de tentar assassiná-lo, e ela continuava lhe olhando feio.

Rony, com sentimentos semelhantes, esfaqueou sua salsicha mal-humorado. Harry estava sentado com os leões, para o grande desgosto de Tom, mas se Tom queria sua companhia, ele não deveria ter sido tão irritante, certo?

Ainda assim, ele suspirou. Os Grifinórios eram extremamente barulhentos, e Rony continuava falando com a boca cheia.

- Eu não posso acreditar que o Professor Dumbledore está deixando ela nos ensinar!- Hermione reclamou, indignada, largando o jornal. Ele concordou totalmente.

Tinha certeza que seria horrível.

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Harry saiu furiosamente da sala de aula, sua varinha apertada com força demais em seu punho. Um grupo de Corvinais do terceiro ano saiu de sua frente.

Estranho, Harry quase tinha esquecido como era a sensação de ter as pessoas nos corredores abrindo caminho enquanto ele passava.

Não que ele se importasse, era estranhamente satisfatório quando seus olhares não eram irritantes...e doce Salazar, ele soava como Tom. Harry simplesmente não podia acreditar que a cadela disse aquilo!

Ela era PIOR QUE UMBRIDGE. Ela era uma professora decente, e se você ignorasse a maneira doentia como ela adorava Tom e os comensais da morte em tudo o que dizia, a lição poderia ter sido bastante agradável.

Afinal, ele não era estranho às Artes das Trevas. Mas então ela disse aquilo. Era inocente o suficiente, pelo menos em um contexto de sala de aula. Foi um bom e sólido conselho sobre como lidar com oponentes para todos, exceto para ele. Para ele, era uma facada no estômago e ela estava ciente.

- Ao lutar contra um grupo, é útil separar as ervas daninhas das pessoas que você realmente precisa atingir e se livrar das peças sobressalentes.

Livre-se do sobressalente...mate o sobressalente. Poderia ter sido uma coincidência, ele pode até ter permitido que fosse. Então ela sorriu para ele, zombeteira.

- Não é mesmo, Sr. Potter?

Bruxa.

- Harry!

Ele não parou ao ouvir as vozes de Rony e Hermione. Ele realmente não queria falar com ninguém agora, nem mesmo com eles. Caramba.

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Foi Tom quem o encontrou. Claro que seria ele. Era sempre ele, quer Harry gostasse ou não.

- Desapareça.- ele disse, automaticamente. Tom caminhou mais para dentro da torre de astronomia, os braços cruzados casualmente sobre o peito e o cabelo escuro caindo elegantemente sobre um dos olhos.

- Seus servos estão procurando por você.

- Eles não são servos.

- Amigos, tanto faz.- Tom suspirou com desdém, estudando suas unhas imaculadas.- Você perdeu o almoço.

- E você está perdendo a aula de Feitiços.- ele respondeu, acariciando a cabeça de Edwiges um pouco mais, sem olhar para cima. Começaria a irritar Riddle em aproximadamente cinco segundos.

- Eu já passei nos exames finais. Assim como você. Esse material é amadora comparado ao que nós sabemos.

Harry bufou. Que coisa tipicamente superior de Tom para se dizer.

- Você vai arruinar seu ato de estudante modelo.

- Harry!- o sibilo irritado na língua das cobras fez sua cabeça levantar por reflexo. Seus ombros ficaram um pouco tensos em preocupação, apesar de si mesmo.

- O que?- ele perguntou, frustrado.- Olha, se você tem algo a dizer para mim, diga. Eu realmente não estou com vontade de adivinhar o que você quer hoje.

Tom revirou os olhos; uma raridade em si. Ele se aproximou, sentando-se ao lado dele, plantando uma mão firmemente em seu ombro quando Harry imediatamente tentou se levantar. Ele ficou completamente imóvel.

- Acabe com isso e me diga o que está incomodando você. Estou entediado e tenho uma enxaqueca latejante de angústia adolescente no canto da minha cabeça.

- Bom para você.- Harry respondeu, secamente. O aperto de Tom aumentou. Ele estremeceu ligeiramente.

- Lily Potter.- Riddle comentou, aparentemente de forma aleatoriamente. Os olhos do futuro Lorde das Trevas escureceram.

- O-o quê?- Harry se encolheu, não esperando, e não gostando daquele nome saindo da boca de Tom. Claro, Tom não era Voldemort...mas pelo amor de Deus, havia algumas linhas de conversa que o Sonserino deveria ter a cortesia de ficar longe. Ele se levantou, com força desta vez. Tom se levantou com ele, as sobrancelhas levemente erguidas.

- James Potter.

- Pare com isso.- Harry rosnou. Tom pareceu pensativo por um momento.- Menino Lufa Lufa.

- O nome dele era Cedrico, droga!- sua voz ficou mais alta, assustadoramente barulhenta na torre silenciosa. A cabeça de Tom se inclinou. Um pequeno sorriso enfeitou seus lábios.

- Godric's Hollow.- O sonserino disse, lentamente. Foi isso que o fez explodir. Sua magia chamejou, sua varinha disparando e uma maldição em seus lábios. Riddle parecia ter antecipado isso, e se esquivou no último segundo. Sua expressão ficou séria.

- Estou avisando, Riddle.- Harry disse.- Se você disser mais uma palavra, eu vou amaldiçoar você.

- Mate o sobressalente.- Tom respondeu, simplesmente. Com um rosnado baixo, Harry girou nos calcanhares.

Não o mate. Ele não é Voldemort. Não vale a pena. Tom atravessou a sala junto com ele, fechando a porta novamente quando os dois chegaram até ela.

Harry podia sentir-se tremendo e odiava isso. Droga, mas Tom sabia exatamente quais botões apertar; e logo depois daquela aula!

- Qual é o problema Harry? Achei que você disse que ia me amldiçoar?

Harry sentiu os punhos cerrando em torno de sua varinha, mas acalmou as mãos, sabendo que Tom poderia atacar mais rápido do que uma cobra.

Ele estava muito cansado para isso, não conseguia nem pensar em uma resposta mal-humorada. E Harry sempre tinha uma resposta para Tom, desde que ambos se conheceram, ele sempre tinha algo a dizer. Mas agora, Harry apenas se sentiu completamente entorpecido.

Ele foi girado e empurrado para trás para que os dois ficassem de frente um para o outro. Os olhos de Tom estavam brilhando em vermelho. Harry rapidamente desviou o olhar.

- Então, novamente, sangue ruim e um traidor de sangue.- Tom deu de ombros.- Sem mencionar um idiota de cabelo encaracolado, nada para ficar chateado.

- Cale a boca.- ele disse, fracamente.

- Provavelmente mereceu...

- EU DISSE CALA A BOCA!- sua magia cresceu, queimando como uma chama.

- EU VOU! QUANDO VOCÊ PARAR DE SER PATÉTICO!- Tom gritou de volta.

- Patético?- Harry repetiu.- Você é o maldito patético. Você não conseguiu nem matar uma criança.

- E você tem problemas de culpa sobre cada coisa que eu faço; que dupla nós somos, não é mesmo?

- Dane-se.

- Impressionante.- Tom zombou. Eles olharam um para o outro em silêncio. Harry nunca odiou Riddle tanto...bem, exceto naquela vez com Roger e no Halloween, mas...

- Tão impressionante quanto perseguir um garoto de quinze anos pelo tempo? O quê? Você tem uma queda por mim ou algo assim?

Os braços de Tom se cruzaram, sua magia se acalmando.

- Meu trabalho aqui está feito. Agora se recomponha e diga a todos para pararem de me incomodar sobre ver o que há de errado com você.

Ele olhou para as costas de Tom enquanto o mesmo sorria e se afastava.

Huh?

- TOM! VOLTE AQUI AGORA!

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O Favorito do DestinoWhere stories live. Discover now