Capítulo 15

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Harry e Tom entraram no Salão Principal, mais uma vez brigando. Todos olharam para eles.

- Como você conseguiu animá-lo?- Alphard perguntou, olhando para cima, com medo de atrair a ira deles. Blacks típicos e contundentes.

- Ele não me animou.- respondeu Harry.- Ele só conseguiu me irritar.

- Funcionou, não foi?- Tom sorriu.- Você parou de ficar de mau humor.

- Eu não estava!- ele retrucou, girando para encarar o futuro Lorde das Trevas. Os olhos de Tom brilharam.

- Estava sim. Você também fez beicinho.

- Eu não!

- Você gostaria que eu dissesse 'Você sim' para que possamos ter uma discussão adequada para crianças de cinco anos?- Tom perguntou, delicadamente.

Harry estreitou os olhos perigosamente. Tom apenas sorriu. Ele não pôde deixar de tocar um dedo nos lábios para verificar se estava ou não fazendo beicinho. Ele não estava.

Tom desatou a rir.

- Você é tão precioso, Potter.

- Cale-se!

Eles se sentaram em silêncio por um momento, tendo uma batalha silenciosa de vontades. Então, em um acordo tácito, ambos se voltaram para seus jantares. Harry percebeu tardiamente que deveria estar sentado com os leões...mas, novamente, ele se sentou com os Grifinórios no café da manhã. E ele tinha a sensação de que Rony e Hermione viriam a qualquer momento...sim. Lá estavam eles.

- Harry! Você está bem?- Hermione exigiu. Ele sorriu gentilmente para ela.

- Eu estou bem, Mi.- Harry respondeu, honestamente. Ela não parecia convencida.

- O que você fez com ele?- Rony exigiu. Tom levantou uma sobrancelha.

- Resgatei seu pequeno salvador...

- Me sinto ofendido.

- Das profundezas da depressão e pensamentos suicidas e esta é a gratidão que eu recebo? Weasleys...

- Não eram pensamentos suicidas.- ele murmurou, furiosamente. Tom jogou a cabeça para trás e riu.

- Claro, Potter. Porque a maioria das pessoas reage como você quando alguém diz o...

- Eu ainda não descartei a ideia de amaldiçoar você.- Harry rosnou, torcendo-se para encarar Riddle. Tom o avaliou com uma expressão ilegível.

- Diz o quê?- Zevi franziu a testa.

- Você quer dizer que finalmente encontrou uma maneira de calá-lo?- Lestrange murmurou maliciosamente. Tom apenas se recostou, seus olhos não deixando o rosto de Harry.

- Eu lidaria com esses problemas se fosse você, Harry.

- Que problemas?- Hermione perguntou, parecendo frustrada agora.

- Não é nada.- Harry disse, rapidamente.

- Não parecia nada...

- Cala a boca, Tom!- ele perdeu a cabeça.- Não é da sua conta.

Os olhos de Tom escureceram com o desrespeito flagrante em sua voz.

- Cuidado com a boca.- ele advertiu, friamente.- E realmente, considerando que sou eu quem acaba com todos os seus pensamentos deprimentes na minha cabeça porque suas habilidades em Oclumência são terríveis, eu diria que é da minha conta.

- Harry não está deprimido.- Rony franziu a testa. Ele adorava o ruivo por defendê-lo sem pensar ou mesmo saber de todos os fatos.

Tom olhou para Harry que sentiu uma sensação de conformidade queimando em seu peito. Até certo ponto, Tom tolerava seus comentários espertos, mas não apreciava a insolência. Ele ia pagar por aquele 'cale a boca' agora.

- Não, imagina.- Tom falou, lentamente.- Harry se encolhe sempre que você menciona a palavra Lily Potter...perfeitamente normal.

Então fez-se silêncio.

- Eu odeio você.

Riddle tinha que mencionar isso, no meio do Salão Principal? Não, espere! Este era Tom, um bastardo sádico que sempre buscava se destacar.

- Ah, Harry...- Hermione começou a dizer.

- Não é nada.

- Não diga que não é nada, Harry, por que você não nos disse?- ela gritou. Pela primeira vez, Harry teria adorado que ela mostrasse o senso de espírito da Sonserina para manter a voz baixa em confrontos privados.

- Porque você está agindo como se fosse algo muito maior do que realmente é!- ele rosnou. Ele podia sentir suas bochechas começando a queimar de vergonha. Esta realmente não era uma conversa que queria ter. Na verdade, Harry sentiu vontade de amaldiçoar alguém com algumas maldições que definitivamente não seriam aprovadas pelo ministério.

- Isso é ridículo!

- Ah, então agora...

- Eu nunca pensei que concordaria com uma sangue ruim.- Abraxas franziu a testa. Ambos pararam para olhar para o herdeiro Malfoy, que parecia indiferente sob seu escrutínio.- O que?- ele perguntou.

- Você concorda comigo?- Hermione questionou. Abraxas deu de ombros.

- Infelizmente. Harry, para um Sonserino, você está extraordinariamente ansioso para se culpar por qualquer coisa. Não é normal. Nem tomar a culpa de um Lorde das Trevas como sua...você sabe que eles são chamados de lordes das 'trevas' por uma razão, né?

- Isso não vem ao caso...- Harry se irritou.

- Harry.- Tom levantou a mão. Harry fez uma pausa apesar de si mesmo.- Sua atitude está ficando perigosamente perto de me ofender.

- Oh, sinto muito.- disse ele, sarcasticamente.- O que minha atitude tem a ver com você, afinal?- exigiu incrédulo. A cabeça de Riddle se inclinou.

- Considere o tema, escolhido.

- Não me chame assim...

- Você não é completamente acéfalo. Resolva isso.- isso foi um elogio? Harry olhou para Tom. Como o que ele pensou naquela noite tem haver com...Oh.

- Hmmm.- disse Tom, parecendo saber no segundo em que ele entendeu.- Você não controla as minhas ações, nem do meu futuro eu. Então relaxe. Você não tem o direito de sentir minha culpa.- Tom olhou para ele, exigente.

Harry assentiu em quase aceitação, ou pelo menos em reconhecimento do ponto.

- Tudo bem.- ele cedeu. Estavam todos se juntando contra ele. Era tão injusto que essa foi a única vez que seus dois grupos de amigos ficaram unidos. Onde estava a justiça? Sem mencionar que Tom estava tramando algo...Harry simplesmente não sabia o quê.- Mas...

Eles nunca descobriram o que ele ia dizer, o Salão Principal foi silenciado por vozes altas vindo de fora, se aproximando rápido como o rugido de um trem em um túnel.

- Duda, não toque em nada...

- Absolutamente absurdo.

Por que os Dursleys estavam em Hogwarts?

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