Capítulo 29

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Ok. Isso não era o que ele estava esperando. Harry sentiu sua raiva diminuir por um breve momento com seu espanto com a pergunta, como diabos ele respondeu a isso? Era tão óbvio que não precisava de explicação. Bem, ele pensou que era.

Tom estava olhando para ele com expectativa, esperando que ele falasse.

- Er, você insinua com bastante frequência.- disse Harry. O herdeiro da Sonserina franziu a testa ligeiramente.- Sem mencionar que você é um gênio. Você acha que todos ao seu redor são burros por padrão. Uma vez você disse a Cassius Parkinson que ele tinha o cérebro de um peixinho dourado dissecado!- ele respirou fundo. Este não era um bom caminho para andar com Tom.- Podemos começar a aula de Oclumência agora?

- Eu não acho que você seja burro.- respondeu Tom. Harry quase rosnou de aborrecimento. Para um psicopata com pouca empatia ou consciência, Tom tinha o hábito alarmante de atraí-lo para esses tipos de conversas desconfortáveis.

Na verdade, provavelmente era porque ele não se sentia como uma pessoa normal que Tom o arrastava para essas conversas, o constrangimento parecia não importar para ele diante de sua sede interminável de conhecimento.

- Ok. Entendido. Oclumência?- Harry manteve sua voz calma e composta. Essa conversa sobre sentimentos o deixou seriamente desconfortável, especialmente com Tom. O outro era muito bom em ver através dele, provavelmente um efeito colateral de aprender a manipular as emoções de todos ao seu redor.

Maldito Lorde das Trevas. Tom trabalhava reagindo da maneira mais benéfica às pessoas ao seu redor, ele tendia a saber o que as pessoas queriam e usaria isso de acordo para obter o que queria delas.

- Você tem uma auto-estima chocantemente baixa.- Tom meditou. Harry fez uma careta.

- Não, eu não tenho.- ele retrucou.- Pare de tentar me psicanalisar.

- Você sabe que 'psicanalisar' sugere que estou certo, né?

Harry o encarou. Ele ainda estava zangado com Tom, e sua insistência não estava ajudando nada. No entanto, ele notou com alguma presunção que o jovem Lorde das Trevas teve o cuidado de ficar fora de seu alcance.

- Você sabe que a psiquiatria exige um nível de estabilidade mental?- ele retrucou.- Um que você claramente não tem.

Tom ficou em silêncio, o ar ao redor dele tenso com a fricção.

- Oclumência?- ele disse, finalmente, embora seu tom sugerisse que a conversa não tivesse acabado, apenas sido adiada para um encontro posterior.

- Oclumência.- Harry concordou.

Meia hora depois, Tom estava visivelmente nervoso. Harry tinha certeza de que sabia o porquê, mas certamente não iria abordar o assunto.

Aprender Oclumência significava que Tom tinha acesso a algumas de suas memórias, o que significava que ele descobriu algumas coisas sobre o tratamento dos Dursleys.

Claro, Tom estava ciente de que sua infância não foi exatamente ideal, mas ele nunca insistiu em detalhes gráficos. Ele ainda não os tinha, mas os poucos flashes que Harry sabia que havia encontrado, não eram agradáveis.

Ou talvez o fato de que suas tentativas de proteção até agora estavam se mostrando patéticas, era o que estava azedando o humor de Tom; Harry esperava que sim, certamente estava azedando o dele. Desmaiar estava ficando repetitivo.

- Você não pode oferecer algo um pouco mais específico do que limpar a mente?- ele exigiu irritado. Os olhos de Tom ficaram frios.

Harry forçou um pedido de desculpas com um gosto amargo em sua boca. Droga. Ele precisava dessas lições mais do que Tom precisava ensiná-las. Ambos sabiam disso.

O Favorito do DestinoWhere stories live. Discover now