Maldição

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Cheguei! E cheguei com um capítulo de 17.500 mil palavras. Mereço comentários e favoritos, hem? Aproveitem o capítulo e tenham uma boa leitura. Ps: prestem atenção. Easter egg de O Diabo veste Prada a vista.

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Lauren Michelle Jauregui Megalos. Era o que todos os médicos liam, e nenhum deles poderiam acreditar que era a mesma mulher das revistas que estava fazendo uma fortuna rapidamente, até mesmo para alguém que já nasceu rica. Ela estava pálida, expressão abatida e parecia ter chorado por várias noites seguidas. Ela não parecia estar se cuidando e chegou no hospital sentindo dores terríveis e com sangramento.

Uma roda inteira de médicos estavam reunidos sobre o caso dela. Lauren fazia acompanhamento nesse hospital desde o começo, e ela sempre parecia estar se cuidando e muito bem, não entendiam essa mudança repentina que ela apresentava. Até semana passada, ela estava em perfeito estado, mas de repente não mais. Ela tinha um marido e não seria mãe solteira, pelo que contava, mas o esposo nunca estava com ela. Ninguém estava.

Algumas vezes, uma amiga próxima a acompanhava. A médica principal que cuidava de Lauren, desconfiava de agressões, e uma vez, quando perguntado sobre um hematoma em seu ombro, a jovem mulher apenas negava existir algo. Ela estava grávida de sete meses e meio. A primeira coisa que Anya fez quando a atendeu, foi perguntar por Heitor. Lauren apenas a olhou e pediu, como sempre, para ser atendida porque ela teve sangramento e estava sentindo contrações na barriga. Nenhuma palavra sobre a falta de presença do marido e foi ali que Anya percebeu que Lauren estava definitivamente sozinha, não queria o bebê e estava passando por uma fase complicada.

— Eu sei todos os protocolos, mas não podemos esperar mais. Eu sei que tem algo errado porque semana passada não tinha nada na ultrassom, mas ela teve sangramento e os exames não são favoráveis. Precisamos salvar o bebê. – Anya falou para a roda de médicos. Ela quase, sinceramente, não teve certeza se Lauren queria que o bebê fosse salvo. Mas lembrou que ela esteve ali em todas as consultas religiosamente, tentando qualquer coisa e se tratando para uma gravidez saudável que repentinamente teve uma virada de chave e passou a ter complicações.

— A Dr. Johnson tem razão. – Um dos médicos coçou a barba, pensando sobre isso. — Não acho que temos tanto tempo para debater se devemos ou não tentar fazê-la segurar a gravidez por mais tempo. Podemos interná-la e correr riscos, mas não sei se o hospital está disposto a correr o risco de negligenciar a saúde de uma mulher como aquela.

Quando se tratava de Lauren, os médicos se tornaram cansativos para Anya. Nenhum deles estavam ligando sobre hematomas na pele dela, sobre a amiga, não o marido a acompanhando sempre em consultas e nem mesmo pensava no motivo de Lauren ter tido um sangramento e estar sozinha. Estavam decidindo se fariam uma cesária, e a mãe estava sozinha como se fosse uma pessoa qualquer que todo mundo sabia que não era. Eles estavam preocupados com o dinheiro e o poder de sua família. A jovem mulher sequer era americana, tinha o green card por casamento.

— Faremos a cesária, então. Ou talvez devêssemos induzir o parto normal? – Outro médico perguntou.

— Não! A senhorita Megalos não tem força. Vamos perdê-la se formos por esse caminho. Cesária. – A Dr. Johnson falou.

Lauren consentiu com o procedimento, e Anya assistiu, se sentindo estranha, sobre como Lauren teve que ligar e implorar para o marido ir assinar os papéis. Estavam contendo, mas estava difícil porque o quadro de Lauren ficava cada vez mais instável. A mulher era uma força da natureza a parte porque aguentava uma dor surreal, consciente e agia como se isso fosse um empecilho qualquer.

Para ser sincera, Lauren estava morrendo e ela não sentia isso.

Surreal mesmo foi quando Heitor apareceu apenas para assinar os papéis e então disse que não poderia ficar com Lauren por causa de seu trabalho.

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