Ato IX: Sagrado Matrimônio

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Boa noite! E vamos de atualização? Não se acostumem não, na moral. Favoritem e comentem para me deixar feliz (eu feliz, vocês também ganham) e tenham uma boa leitura.

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A sensação de amamentar é estranha, porém adorável ao mesmo tempo. Sou grata por Lauren parecer implorar para que eu fizesse o tratamento para o aleitamento materno. Ágape está no meu colo enquanto eu cantarolo uma musiquinha de ninar grega muito antiga. Lauren me recomendou várias vezes que eu não deveria deixá-las dormirem enquanto tomam leite porque poderiam se engasgar, mas ela não dorme, só me olhava com seus olhos castanhos muito curiosos.

A bebê apenas largou o peito quando estava satisfeita e ameaçou a chorar, mas rapidamente eu coloquei a chupeta em sua boca, e ela parou imediatamente, fechando os olhos para dormir. Quando a neném parecia dormir, me levantei para ir até o quarto e colocá-la no berço.

Não montamos e não pintamos nada. Eu usei magia para tudo porque não tivemos tempo de arrumar o quarto e as roupas delas. Era um quarto lilás e branco infantil. Eu saí com Ágape no colo quando vi que Lauren não estava ali com Kora. De início, é estranho porque quase sempre depois de serem alimentadas, elas dormiam.

Quando ia me aproximando do nosso quarto, escutei a voz de Lauren conversando com a porta entreaberta.

— Eu tive trinta e oito semanas insanas, sabia? Não, não ri! – Lauren parecia dar um sermão de voz suave. — Isso mesmo, você e sua irmã decidiram que queriam nascer de parto normal sozinhas, e é um absurdo porque não consultaram a mamãe. E depois de um mês, vocês estão mais parecidas com a outra mamãe. Isso é injusto.

Talvez, se ela não tivesse pegado birra de mim, as gêmeas teriam nascido menos a minha cara. Para ser justa, elas tinham o cabelo liso e o formato do queixo e das sobrancelhas de Lauren, mas o resto era meu. Eu solto uma risadinha sobre como minha noiva leva esse fato muito para o lado pessoal. Há uma semana, ela admitiu que estava com birra de tudo o que eu fazia, mas isso passou depois de ter dado a luz. Ela parou, milagrosamente, de reclamar do copo em cima da madeira ou do jeito que eu deixava os travesseiros da cama.

Eu entrei no quarto silenciosamente, vendo que Lauren deu banho em Kora que a olhava de olhos arregalados e sem sinal de que ia dormir com quase dois meses de vida. Ela já estava colocando o talco e fechando a fralda quando me olhou.

— Ágape, pelo menos, dormiu. Kora já tomou até banho para ver se dorme. – Lauren suspirou, cansada. Olhando para a pequena que se movia muito para atrapalhar a colocar o body.

Pedimos para que ninguém viesse visitar em casa no primeiro mês de vida delas. Mandamos fotos, mas não queríamos expôr nossas bebês recém nascidas a bactérias, sem antes se adaptarem ao ambiente. Acontece que também estávamos exausta, e Lauren muito mais do que eu.

Ajudo como posso, inclusive na amamentação, mas a nossa realidade é que eu ainda tinha que trabalhar, e não podia ficar o tempo inteiro ajudando. Quando voltamos de Santorini, lidei com uma bagunça imensa para ser arrumada e colocada em dia. Ainda estamos nos adaptando a uma nova rotina porque as gêmeas viraram nossas vidas de ponta cabeça. Absolutamente tudo estava diferente.

Ágape costuma ser mais tranquila, mas Kora era chorona e exigia atenção excessiva. Eram muito diferentes uma da outra, e ao contrário do que achei no início, não havia formas de Lauren e eu confundirmos as gêmeas. Pelo menos na hora de dormir durante a noite, elas dormiam a noite inteira, mas durante o dia era muito complicado, principalmente quando uma delas começava a sentir cólicas.

Eu coloquei Ágape em cima da cama, e me movi para ajudar Lauren a trocar Kora. Quando minha noiva abotoou todos os botões do macacão, eu a peguei no colo.

A GregaWhere stories live. Discover now