Ato XIII: Eternidade

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Boa noite? Alguém aqui para apagar as luzes? É o último capítulo de A Grega, então comentem e favoritem, por favor. Vejam bem, estou postando hoje de revolta com o grupo de Shameless (leiam a fanfic, é ótima). É tudo culpa delas. Boa leitura.

*AVISO: Capítulo contém cenas de agressão física, violência e assassinato. E para colocar um aviso desse, sendo que tem assassinato e violência a fanfic inteira, é porque está extremamente explícito. A pessoa merece, no entanto.

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(Play) Breakfast – Dove Cameron

Sorrateiramente pelas sombras, a Morte Tortuosa teve seu corpo se desfazendo como partículas de poeiras.

Era como ser abraçada pelo vazio escuro, mas estranhamente agradável. Uma sensação única de poder imensurável. Uma das muitas definições que sempre sentiu que era certeira em sua vida, era "imparável", mas estava tão errada que estava surpresa, já que nunca esteve nem remotamente perto de estar tão errada. Implacável e teimosa? Boas definições. Imparável, era algo que poderia chamar agora. Se sentia imparável de tanto poder percorrendo suas veias, e nem parecia certo.

As sombras envolveram seu corpo, que estava muito mais leve. Era como andar entre as nuvens.

Uma vez, seu pai lhe acusou de ser traiçoeira, e agora fazia total sentido quando seus poderes pareciam traiçoeiros. Não era para ninguém esperar por sua visita, entendeu Lauren. Seu papel como Morte Tortuosa era surpreender as almas que mereciam uma severa punição pelo que fizeram em vida. Não entendia o que estava fazendo, até reconhecer o antigo apartamento de luxo de Heitor.

Observou, se movendo dentre as sombras, Heitor pressionando as palmas das mãos nos joelhos de uma mulher mais jovem, expondo-a para se enfiar nela. E como gemia. Lauren, no entanto, teve arrepios pouco saudáveis e memórias de quando tinha sido ela. Essa mulher parecia estar satisfeita, mas Lauren nunca deu uma palavra sequer e o ato sexual só servia para gerar lesões em sua intimidade. A lembrança martelou, e Lauren entendeu os zumbidos em sua mente, o fato de ter sido atraída para o local. Ela prometeu que ele teria o que merecia, um dia.

Para ser honesta, desde que passou pelos processos jurídicos de Heitor contra ela, não voltou a pensar nele. Era tão esquecível que não fez questão. Teria passado ileso, se não fosse a repulsa de sua essência pelo que estava acontecendo. Franziu a testa porque, ao vasculhar, tinha uma divindade ordenando que rompesse o tipo de laço que tinha com aquele homem.

Lauren conhecia dezenas de rituais de purificação, e ela fez todos eles. Heitor não fez nenhum porque seguia a igreja ortodoxa como, basicamente, todo mundo na Grécia. Vínculos sexuais eram poderosos demais para deuses, mesmo aqueles forçados. Absurdos à parte. Ela não estaria ali se Heitor tivesse feito o que insistiu por anos para que ele fizesse. Era um ritual simples de purificação, e não teria matado fazer algo que não era de seu costume. Teria quebrado o tipo de conexão forçada que ele gerou com ela.

Agora era uma deusa, e conseguia sentir. Era desgostoso. Trazia lembranças que gostaria de esquecer e sentia-se suja novamente. Poderia matá-lo enquanto estava em cima da mulher, mas não fez. Ela queria olhar nos olhos dele quando fizesse.

Moveu-se entre as sombras, e acabou sentada, de pernas cruzadas na poltrona. Seu rosto pálido fitava a cena rigidamente e as asas estavam camufladas pelas sombras. Suas mãos pousaram no colo temporariamente, até o momento que Heitor virou o rosto para onde Lauren estava, sentindo-se observado. Ele se sentia observado, a mulher estava alheia porque sua presença era seletiva. A magnata acenou com a mão, quando viu a mulher se mexer para olhar onde Heitor tinha os olhos, paralisando-a.

— Está curado da sua impotência sexual ou está tomando remédio? Eu me lembro de como você gostava de enfiar objetos em mim, frustrado porque seu pau não funcionava. – Comentou Lauren, indiferente às lembranças do que estava sendo dito.

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