Ato V: Amor Insurreto

12.1K 1.1K 3.4K
                                    

Oi! Em dez dias, né? Favoritem e comentem para deixar uma autora feliz da vida. Dedico esse capítulo aos meus leitores que amam minha escrita e minha história, e me apoiam. Agradeço de verdade! Aproveitem um pouquinho desse amor insurreto das nossas protagonistas e boa leitura.

*Arte da mídia feita pela @moonlightam_ como sempre está lindíssima.

-

Zeus tinha aparência física muito semelhante à aparência de Atena. Era um homem negro de meia idade, terno cinza, e os cabelos crespos bem curtinhos. Era um homem elegante e digno do senhor dos céus. Camila estava verdadeiramente surpresa porque ela não esperava que fosse escutada. Esperava que ele agisse como Hades e simplesmente a ignorasse porque não valia a pena atender seu pedido, mas aqui está ele, de pé e esperando Camila reagir a própria surpresa. No mundo mortal, alguém surpreso porque a família atendeu um chamado, era indicação de toxicidade.

Bem... Eram deuses. Eram disfuncionais e cheios de rivalidades bobas. Quanto mais velhos, parecia que mais teimosos e birrentos ficavam. A maioria não tinha tempo para atender capricho de ninguém, e muito menos da deusa que foi punida justamente pela teimosia. Como dizia Hades, muito ajudariam quando não quisessem ajudar.

— Senhor Zeus. – Camila se colocou de pé, e reverenciou o deus dos deuses, colocando os joelhos no chão.

Particularmente, ela detestava ter de fazê-lo, mas fez porque sabia que deveria respeitar. Para Camila, era uma das figuras que menos confiava, mas quando não tinha escolha e essa era a única opção a ser considerada, significa que ela estava entrando em um verdadeiro desespero por algo que talvez nem estivesse com a resposta, e o resultado, além de tudo, poderia ser catastrófico.

— Levante-se! Não é de sua vontade sujar suas roupas. – Zeus acenou com a mão.

Camila se levantou. Faziam muitos e muitos anos desde a última vez que viu Zeus, e a última, ele a lançou do Olimpo, quebrando todos os seus ossos e deixando marcas do que um dia ela foi em suas costas. Aquela dor terrível ainda era fresca em sua memória, e ela tão facilmente poderia ceder a qualquer coisa, caso induzida a uma dor semelhante apenas para não ter que sentir mais.

— Perdão ter incomodado o senhor! — Camila considerou e então sentou-se no banco, sendo acompanhada por Zeus.

— Tenho certeza que teve um bom motivo para tal coisa. O que deseja, criança? Sei que não pôde convencer seu pai do que queria, por que acha que poderia me convencer? – Ele já sabia, claro, e a questão dele, apesar de um tom arrogante, era válida.

— Eu tenho passado por problemas que preciso de respostas. Minha... Hm... Namorada, é especial. Algo aconteceu e me deixou confusa. – A Boa Morte não era tola, e tomava cuidado ao citar Lauren naquela conversa. Apolo era o suficiente, não queria que Lauren tivesse a atenção indesejada de Zeus porque esse sim seria impossível de conter.

— A mortal Lauren. Tens causado uma verdadeira bagunça por causa dela. Não costumo concordar muito com Hades, mas você deveria parar essa busca incessante. Apolo não está feliz. – Zeus comentou, e Camila foi obrigada a engolir o orgulho e o desaforo que tinha desejo de falar.

Nenhum apoiava seu amor incondicional e cego por uma mortal. Aquele ódio inicial evoluiu tão rápido que se tornou assustador até mesmo para ela admitir. Não estava esperando que os deuses apoiassem seus desejos, não pedia por apoio a um relacionamento. Ela não precisava deles e não era sobre isso que pedia ajuda.

A guerra se desenrolando era injusta. Camila foi escolhida pela magnata sem pensar duas vezes porque ela era destinada para si. Apolo recebeu um "não" esperado, e ele ainda queria ser chamado para um ménage com duas mulheres que nos últimos meses não conseguiam olhar para outras pessoas, em um senso reprimido de pertencimento.

A GregaWhere stories live. Discover now