Ato XII: Plumas Negras

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Boa noite! Última parte do crossover. Espero que gostem. Eu volto mais rápido porque tenho partes do próximo capítulo já pronto, então favoritem e comentem para incentivar. Boa leitura.

Ps. Revisão feita por cima. Se tiver erros, sigam em frente na leitura.

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Big Bang.

Um fenômeno que gerou o universo, todos dizem. Poderia ser verdade? Sim, claro! Mas os aspectos da Morte não existiam ainda. Primeiro surgiu Tânatos com a criação efêmera de seres com alma e espírito. Depois a natureza se viu na necessidade de dar à Hades e Perséfone, sua primeira filha, a deusa da Boa Morte.

A Natureza também viu que os seres humanos eram mesquinhos e cruéis. Teve uma nova tentativa de trazer justiça na morte de alguns desses seres. Uma divindade que cuidaria para que eles morressem como fosse justo, que soubesse lidar e equilibrar a crueldade do mundo.

A primeira vez que Macária a viu, ambas eram criaturas feitas de pura luz, tomando uma forma semelhante à humana, às margens do Rio Estige. A Boa Morte estava fascinada quando ergueu os dedos de luz para tocar os dedos da Morte Tortuosa. As palmas se uniram e ficaram em um entrelaço confortável enquanto se fitavam. Ergueram a outra mão para tomar o mesmo ato confortável.

Quando aconteceu, a Morte Tortuosa sentiu-se absorvendo parte do que comandava a essência da Boa Morte. Dizia-se que seria uma das divindades mais cruéis, mas não pensava que era assim naquele momento, quando o suave cheiro de romã e noite de primavera encheu-lhe de sua magnificência.

— Quem é você? – Perguntou a Boa Morte.

— Uma divindade nascida da necessidade de impor limites na crueldade humana, princesa. Não me deram um nome, mas me chamam de Morte Tortuosa. Você é linda. – Cantou o ser aos ouvidos da deusa.

Preferia ser vista como a justiça na morte, mas entendia que os deuses a vissem assim. Se apresentava assim. Não esperava ser encantada pela delicadeza e bondade de Macária que soltou os dedos, tocando o rosto de luz brevemente, antes de soltar.

— Caminhe comigo ao lado do Rio Estige? Amarei sua companhia. – Macária sussurrou.

Ao contrário do que diziam sobre a filha dos Imperadores do Mundo Inferior, a nova divindade sentiu-se seduzida por seu tom baixo e maleável quando aceitou. Elas conversavam, e não só naquele dia. Se encontravam várias vezes por um tempo considerável.

Macária não viu quando as Moiras observaram todas aquelas interações óbvias. Teciam o que viam, e viram a paixão avassaladora crescer entre dois aspectos opostos da morte. A paixão estava virando um sentimento forte e fixo como nenhuma outra. Em determinado momento, atraíram atenção até de Afrodite e Eros.

Macária também não viu quando o desejo avassalador chegou. Bem no momento que elas decidiram uma forma humana agradável, como todos os deuses pareciam gostar de ter. A Morte Tortuosa escolheu ser alinhada ao feminino. Pele muito pálida, cabelos pretos e ondulados.

Os olhos verdes tinham a galáxia inteira dentro deles, e causaram algo que nem mesmo conseguiu definir. A Morte Tortuosa era feliz na sua companhia, mas nunca notava quando Macária tentava avançar. Não perceberam que a essência do que deveria ser a Morte Tortuosa, estava sendo modificada.

— Tânatos pretende te pedir em casamento. – Mencionou a divindade, em determinado momento.

— O que? – Macária olhou surpresa para a mulher de olhos verdes. Ela não tinha notado intenção alguma de Tânatos.

A GregaWhere stories live. Discover now