Ato X: Fragmentos

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Boa noite! LEIAM ESSAS NOTAS INICIAIS.

Eu não ia voltar esse mês, e etc. Todo mundo que me acompanha no twitter sabe disso, mas estou postando por causa de uma amiga querida, a Gio. E esse capítulo é em homenagem a ela. Dito isso, vamos ao que importa; esse começo é extremamente necessário. Contém informações que só serão dadas uma única vez e nenhuma outra mais. Se pularem porque não é cena das protagonistas, e depois ficarem confusos, não vão poder reclamar.

Comentem e favoritem porque isso incentiva a autora a voltar mais vezes no mês, por favor! Tenham uma boa leitura.

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Lauren era uma criança exemplar. A prodígio, educada, falava bem e por onde ia, ninguém tinha absolutamente nada para falar de ruim dela. Era quieta, gostava da leitura e isolada de todo mundo que não fosse sua irmã gêmea. Ela avançou muitos anos na escola porque já sabia mais do que todos os seus colegas de classe.

Naquela época, Claire hesitou em permitir que a escola avançasse Lauren, e teve medo de prejudicar sua relação com outras crianças que já não era tão boa assim. Lauren ainda tinha alguns amiguinhos na escola. E a mãe, que aos vinte e sete já tinha um filho de treze anos e gêmeas de onze, descobriu que tinha razão em não querer fazer isso. Ela iria descobrir que esse seria um dos seus maiores arrependimentos na vida.

A cobrança em cima de uma criança, que perdeu todos os seus amigos feitos com muita dificuldade e que mal brincava, era insana. Claire se arrependeu amargamente quando viu Lauren se esconder no canto muito pequeno entre a parede da cama dela, durante o horário de escola. Ela já havia perdido a aula, de qualquer forma, e Claire estava furiosa, até que Lauren levantou a cabeça e olhou com os olhos verdes arregalados para a mãe, cheio de lágrimas molhando o rosto.

Imediatamente, ela abaixou a guarda e se ajoelhou. Lauren se afastou dela quando estendeu a mão, mas não parou. Ela sempre se afastava com medo de ser agredida. Ainda era pequena, e nessa época, todos os seus genes poderosos estavam adormecidos.

— Desculpa ter perdido o horário. – Lauren falou, mas se afastou novamente quando Claire tentou tocar nela para tirá-la do lugar cheio de poeira.

— Está tudo bem! Eu não vou brigar com você. Sou sua mãe, e não vou te machucar. – Claire tentava ser suave e não dar ordens. Não queria assustar Lauren mais do que ela já estava assustada.

Lentamente, Lauren parou de se esquivar e permitiu que Claire a tirasse dali e espantasse o pó de seu pijama de flanela infantil. A mulher colocou Lauren sentada em sua cama para colocar a pantufa nos pés dela. Lauren tinha uma boa imunidade, mas não queria arriscar que ela adoecesse. Geralmente, a filha mais nova doente deixava Claire apavorada, e sempre se lembrava da noite de seu parto que nem a teve em seus braços, e teve que ser levada às pressas para a terapia intensiva.

— O que houve para faltar aula? – Perguntou Claire, quando viu que Lauren parava de chorar.

— Eu não quero voltar para lá! – Não importava o quão gênio era, Lauren ainda era uma criança.

— O que há de errado? Você pode me contar qualquer coisa. Sei que gosta de ler e estudar, o que aconteceu? – A mãe da garota parecia muito empenhada em fazê-la falar. Lauren tinha dificuldades em falar quando era necessário. — Se há alguma coisa errada, precisa me dizer para que eu consiga resolver, Lauren. Te machucaram?

Bem, todas as possibilidades do que aconteceu com sua filha de onze anos rodeada de pessoas de dezesseis anos eram desagradáveis, e todas elas, inevitavelmente, iria despertar uma fúria difícil de ser contida na mulher. Os adultos dirigindo a escola iriam pagar, mas poderia fazer os pais de quem mexeu com sua filha pagar também. Ela não ligava para quem sairia prejudicado.

A GregaWhere stories live. Discover now