Spark of Fire

Capítulo 13

Jungkook batucava com força o tampão de madeira da escrivaninha. Era a quarta ligação do dia e ninguém o atendia, sendo que ainda nem era meio-dia.

Grunhindo, jogou o celular de qualquer jeito na escrivaninha, xingando alto por não receber resposta. O que seus pais estavam pensando? Onde foram que estavam completamente sem comunicação? Que inferno! Estava querendo ajudar o pai e eles não colaboraram.

Passando os dedos com força pelo cabelo, Jungkook os jogou para trás, notando pela primeira vez que os fios estavam compridos. Havia completamente esquecido de cuidar daquilo e dar um corte. Com um forte suspiro, resolveu dar um jeito rápido para o problema.

Saindo de onde estava, foi até a cama de Yeonjun, sentando-se nela para procurar um elástico na mesinha de cabeceira do seu colega de quarto, já havia visto ele jogando uma daquela por ali.

A primeira coisa que ele constatou era que existiam muitos doces ali, o que quase fez Jungkook rir. Por fim, sua investida foi produtiva, pois encontrou um prendedor rosa e fino na gaveta. Ele amarrou de qualquer maneira o cabelo e voltou para a escrivaninha.

Ligar para os seus pais parecia inútil, então, era o momento de encontrar outras pessoas que pudessem o ajudar naquela busca. Conhecera várias pessoas na Academia e parecia o momento de contatá-las.

Um dos nomes da lista se destacava, pois, Jungkook sabia que era o filho bastardo do diretor da Sede dos Caçadores de Seul. Ninguém falava muito sobre o parentesco, mas era difícil não saberem de tal coisa. Para a sorte de Jungkook, o homem sabia tudo sobre os assuntos do pai e para melhorar, eles se conheciam bem.

Jungkook sorriu de lado quando buscou o celular, encontrando o contato e mandando uma mensagem. Tinha que manter a casualidade, nada de forçar com uma ligação logo de cara.

Após aquilo, Jungkook pensou em talvez ligar para Jimin. Há uns dias não falava com ele e mesmo não querendo confessar, estava com saudades. Sentia-se solitário naquele clube, pois, além de Yeonjun, não tinha amigos; não conseguia se divertir com as mesmas coisas que os outros humanos do local e como já era protegido de um vampiro poderoso, alguns o olhavam com inveja. Jungkook odiava aquilo, mas era parte da missão e ter Seokjin o protegendo, estava o ajudando e muito. Nenhum vampiro estava se engraçando na sua direção e todos o tratavam com respeito.

Portanto, tinha que cumprir a sua parte do acordo o mais rápido possível para que Seokjin não se irritasse e desistisse de o manter seguro naquele clube.

Jungkook deitou a cabeça na escrivaninha. Por que tudo tinha que ser tão complicado?

— Ora, ora, ora, o que eu tenho aqui? Um presentinho para Kookie!

O caçador levantou a cabeça outra vez, vendo que Yeonjun entrara no quarto e tinha em suas mãos uma caixa de presente.

— O que você disse? — Jungkook perguntou.

— Isso aqui acabou de chegar para você — disse Yeonjun, aproximando-se do outro e colocando a caixa em cima da escrivaninha. — Parece caro. Será que é do seu vampirinho?

— Duvido — Jungkook retrucou, revirando os olhos. Seokjin era capaz de lhe mandar veneno e não presentes.

— Vamos, abra logo! Estou morrendo de curiosidade!

Jungkook suspirou pesadamente antes de pegar a caixa preta. Ele desfez o bonito laço vermelho e a abriu com cuidado. Dentro dela, havia algo envolvido de um tecido fino, que ao tocar, constatou ser seda. Também tinha um cartão, que foi a primeira coisa que o caçador pegou.

Jungkook,

Espero que com este presente