Capítulo 39

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Namjoon tocou a campainha do local marcado e em seguida batucou a própria perna. Estava confiante antes, mas agora estava um pouco arrependido. E, se tudo desse errado? Será que aguentaria correr para a mansão dali? O pensamento lhe fez rir.

— Oi, irmão.

Jackson foi quem abriu a porta, seu sorriso de caninos pontiagudos por alguma razão não parecia hostil, apenas genuinamente contente em vê-lo. Namjoon quis retribuir o gesto, mas não se viu capaz por estar muito nervoso em estar ali.

— Vem, vem! Preparamos um almoço em sua homenagem! Espero que você goste de comida apimentada, nosso irmão mais velho vira e mexe perde a mão enquanto cozinha.

Namjoon observou que a casa tinha somente um palmo de quintal, onde haviam umas flores plantadas, a frente dela era bonita e toda em cor branca, mas ele acabou parando de prestar atenção quando Jackson abriu a porta que dava para a cozinha.

Tinham duas pessoas ali. Um homem alto e musculoso, estava de costas para ele enquanto mexia panelas no fogão. Seu tronco estava protegido por um avental cor de rosa. Seu cabelo loiro sedoso penteado milimetricamente em um topete. Próximo a ele havia uma moça, seu cabelo era longo era escuro e volumoso com mexas platinadas; seus olhos felinos logo se colocaram sobre Namjoon e um sorriso malicioso brincou em seus lábios pintados de vermelho, as unhas longas e afiadas batucando no tampo mesa a deixavam com um ar levemente ameaçador, principalmente com seus olhos sombrios como a noite sem estrelas.

— Ora, ora, ora... O nosso caçula finalmente se juntou a nós.

Namjoon deu um sorriso fraco, cruzando os braços enquanto sentia precisar de alguma proteção naquele momento. Pelo menos, até ver o rosto do homem musculoso, que se virou com um imenso sorriso no rosto. Sua face gentil parecia destoar completamente de seu corpo.

— Irmão!

— O-oi...

Para a surpresa de Namjoon, o homem abandonou o fogão e foi até ele, pegando no colo enquanto o rodopiava no ar. Namjoon arfou, segurando-se nos ombros do outro, sem saber ao certo o que deveria fazer naquele momento.

— Wonho, você está o assustando — disse Jackson, indo até à panela e colocando a colher diretamente na sua boca. — Ah, esse tempero!

— Seu imundo, não ouse colocar essa colher de volta! — a mulher avisou, apontando o dedo para o irmão.

— Você vai fazer o que, irmãzinha? — Jackson quis saber. — Jogar água em mim?

— Por que você não me testa, docinho? — a mulher ameaçou, seu sorriso malicioso dobrando de tamanho.

— Não! Os dois podem parar! — primeiro dos irmãos mandou. — Hoje é um dia de celebração!

Os dois mais novos ouviram a fala do outro com atenção e logo pararam de se provocar.

— É um prazer finalmente o conhecer, Namjoon. Eu sou o primogênito, Lee Wonho. Jackson você já conhece, certo? Esta é a nossa princesa, Jeon Jiwoo. — Wonho ia apresentando os irmãos um a um, seu sorriso permaneceu mesmo quando a moça, Jiwoo, fez uma careta para o apelido de princesa.

Namjoon sorriu para os outros e fez rápidas reverências, mas ainda não sabia ao certo como agir próximo a eles.

— É um prazer conhecê-los, mas... eu ainda não me sinto confortável em os chamar de irmãos — Namjoon disse com sinceridade.

Wonho concordou com a cabeça, apontando para o outro cômodo.

— Por que não servimos o almoço e conversamos um pouco? Tenho certeza que você deve estar curioso quanto ao seu passado.

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