Spark of Fire

Capítulo 89

AVISO DE CONTEÚDO: Descrições gráficas de violência

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O sol estava forte quando Jackson estacionou o carro. Isso se tornou logo uma preocupação, afinal, Taehyung não poderia ser exposto daquela maneira, mas não foi sobre esse assunto que Jackson começou a comentar:

— Tem certeza que é aqui? Essa caverna é pública e tem vários turistas.

— Já estive aqui, eu reconheci em meu sonho — garantiu Namjoon. Ele tocou a mão do marido, ainda pensando em como sairiam dali sem machucá-lo. — As Filhas de Lilith não teriam tempo de a levar para fora do país, para outra caverna com morcegos... E eu vi que ela está fechada para reformas, então, é o local ideal para torturarem a minha mãe.

A fala trouxe tristeza para Namjoon. Como aquilo podia realmente estar acontecendo? Parecia absurdo, mas, após tantas chances, não daria outra para as suas "irmãs". Estava cansado dos joguinhos delas e após salvar a mãe, acabaria de vez com elas.

— Okay — Jackson disse, olhando para a entrada de trás da caverna; aquele parecia o melhor local para fazerem uma investida. — Elas estão aí dentro?

Taehyung se concentrou, mas de início, nada captou, nem os batimentos cardíacos no carro. Ele puxou o ar outra vez, mas novamente, não sentiu nada.

— Amor... — Namjoon já tinha reparado que Taehyung começou a ficar tenso na metade do caminho, agora, era óbvio que a ansiedade era de fato grande dentro dele. — Amor, você pode respirar.

O vampiro olhou para o banco da frente, mas voltou a fitar Namjoon. Era desconfortável se sentir vulnerável perto de uma pessoa que não tinha muita convivência; o fato de que Jackson fingia nada escutar ajudava, por mais que Taehyung soubesse que aquela não era a verdade no momento.

— Estou bem — afirmou Taehyung, sua voz saindo rápido demais. — Não é nada — completou.

— Você pode ficar no carro — disse Namjoon, seus dedos correndo o rosto do marido. — Não é problema, você pode nos dirigir para fora daqui.

— Não! Estás maluco?! — Taehyung franziu a testa, sacudindo a cabeça freneticamente. — Sou eu quem enxerga no escuro. Nunca deixarei vocês irem lá sem mim.

— Tae...

— Namjoon. — Taehyung falou a voz do marido em tom grave, segurando o seu rosto em seguida. — Caminhei muito desde a primeira vez que nos vimos. Sei minhas forças e meus temores e nesse momento, sei que posso superar meus medos. Por favor, acredite em mim, marido. Acredite, pois, adentrarei aquela caverna de queixo em pé, sabendo o que eu faço.

Namjoon sorriu, o gesto cobrindo todo o seu rosto enquanto os seus batimentos cardíacos aumentavam. Ele segurou a nuca de Taehyung, puxando-o para si e o beijando, com a certeza de que a cada dia que passava, apaixonava-se mais por ele.

— O que foi? — Taehyung perguntou quando se separaram, seus lábios ainda encostados um do outro. — Por que me olhas assim?

— Porque és meu tudo — Namjoon brincou com as palavras, utilizando-as em maneira formal. Taehyung sorriu. — Amo-te.

Taehyung riu dessa vez, deixando vários selos nos lábios do marido, antes de devolver as palavras:

— Amo-te — Taehyung também. — Amo-te como se te conhecesse há séculos.

Jackson pigarreou:

— Pombinhos, sei que vocês estão aí num momento bonito, mas...

Namjoon concordou com um gesto. Jackson tinha razão, precisavam se mover de uma vez.