Angel - Alerta Perigo! - Parte 1 (CRIMINOSOS EM SÉRIE)

Capítulo 13

CONTEÚDO A SER REVISADO

Capítulo 13

Ava Angel

Os acontecimentos da noite passada não estavam me deixando dormir. A cada vez que fechava os meus olhos, eu conseguia visualizar o que aconteceu repetidamente depois que ele resolveu me fazer cair na piscina. Desde da forma como me olhou quando ainda estava puto dentro da água, até na sua mão na minha, ou então nas suas palavras antes que eu saísse do seu carro.

Quando ele começou a acelerar o carro numa forma de me obrigar a responder suas perguntas, a minha mente ficou uma completa bagunça, e no desespero, por não saber o que lhe responder, eu acabei revelando a verdade que há em meu coração. Aquelas palavras saíram tão rápido que eu não tive tempo de evitar, mas ainda assim, mesmo com o coração acelerado, enquanto eu o encarava, eu tinha a vaga esperança de que ele me entenderia.

Desde que ouvi a sua conversa com o seu pai, isso não saiu da minha cabeça. A frieza em que ele falou aquelas coisas... me fez acreditar que ele me entenderia. Mas a reação que seguiu logo em seguida... aquilo foi como um banho de água fria, então tive que dar tudo de mim para não entregar o quão abalada aquilo havia me deixado. E se fosse apenas por isso, eu voltaria a minha rotina normalmente, torcendo para que ele não tenha levado aquilo a sério, mas o que ele disse logo em seguida, eu nem sei explicar as centenas de pensamentos que fizeram a minha mente fritar. Eu fiquei em choque, não conseguia me mover até o momento em que ele sugeriu que eu descesse. E ainda assim, enquanto caminhava até o casebre, não saia da minha mente que ele tinha falado aquilo para brincar comigo.

E agora, um dia após aquilo, quando a madrugada chegou o sono não veio a acompanhando, mas sim a perturbação por não saber o que pensar diante de tudo aquilo.

Miguel... eu devia ter levado as palavras das pessoas à minha volta que tentaram me aconselhar sobre ele mais a sério. Eu não estaria nessa situação...

Pouco mais da meia noite e minha tia já estava no décimo sono em sua cama. Eu sabia que tinha que acordar cedo quando amanhecesse, porém todo o meu corpo parecia estranhamente agitado, além de que seria impossível enquanto não organizasse os meus pensamentos e deixasse de estar tão ansiosa. Por isso, saí do casebre sentindo a rajada de ar frio envolver o meu corpo, me causando arrepios.

Fechei os meus olhos por alguns segundos e aproveitei as sensações que me pegaram desprevenida. Algumas horas atrás estava chovendo, por isso consigo sentir o cheiro de grama molhada, assim como ouvir o som do cricrilar dos grilos. Quando eu olhei para o céu, não havia muitas estrelas, por isso, especialmente hoje à noite estava muita escura.

Comecei a caminhar pelo jardim, querendo tomar um ar e torcendo para que ninguém acordasse e me pegasse andando como uma louca naquela hora da noite. Mas eu fui a primeira a ver alguém.

Prendo a minha respiração quando avisto uma luz vindo de um cômodo ao lado do jardim. Aquele era um dos poucos cômodos que eu nunca havia entrado, mas sabia que lugar era aquele apenas porque a parede que dava acesso ao jardim, é completamente de vidro. Continuei me aproximando, me perguntando se alguém havia esquecido de deslizar as luzes antes de dormir. Parei surpresa ao ver alguém em pé dentro do cômodo. Ele estava de costas, jogando facas num painel de dardos. O meu coração começou a acelerar quando me dei conta de quem era a pessoa. Mesmo de costas, eu era capaz de reconhecer o seu físico, além do estilo de sua jaqueta.