"Você escolheu dançar com o diabo e você teve sorte"
Ava Angel é uma jovem cuja infância foi marcada por abusos cometidos por seus próprios pais. Após ser acolhida por sua tia, que trabalha na mansão dos Scott, Angel passa a enxergar uma nova realid...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
CONTEÚDO A SER REVISADO
Capítulo 25
Angel
"Tum tum! Tum tum! Tum tum!"
Esse foi o som que eu estava ouvindo do meu coração que parecia agitado em meu peito enquanto eu caminhava em direção a porta. Não sei dizer se estava nervosa pelo medo que a minha tia acordasse e se perguntasse o que eu estaria fazendo com Miguel a essa hora da noite, ou se estava ansiosa demais para encontrá-lo depois dessa noite turbulenta e finalmente ter a conversa que me interessava. Eu sabia que ele estaria do outro lado da porta, e mesmo sabendo que ele não deveria estar ali, eu a abri, me deparando com seus olhos negros tão sérios sendo direcionados a mim.
— O que você está fazendo aqui? — Questionei exasperada, quando na verdade eu estava o agradecendo mentalmente por ter impedido que eu passasse essa noite me revirando na cama de ansiedade pois tínhamos muitas coisas a resolver.
— Preciso conversar com você. — É tudo o que ele diz, sem me dar dicas de qual seria o assunto em específico.
Eu realmente gostaria de ter essa conversa com ele, mas... eu não posso? Tia Rose está dormindo em um quarto apenas há alguns passos de mim!
Mordi meu lábio inferior, prestes a negar, porém algo nele me chamou atenção. Prendi a minha respiração quando vi o estado de suas mãos. O dorso delas estão tão machucados que eu nem consigo acreditar que ele não esteja se contorcendo de mim. São vários cortes, alguns profundos, além do que me parecem manchas de cinzas. Mas o que ele estava fazendo?
— As suas mãos... as feridas nelas estão muito feias. — Digo assustada segurando suas mãos com delicadeza para não machucá-lo ainda mais. Eu consigo observá-las melhor, e com isso tenho a certeza de que elas precisam ser cuidadas. — Você quer que eu... — Me impedi no instante que me dei conta que estava prestes a fazer uma merda. — ... não. Não posso! A minha tia vai acordar, mas você devia tratar isso ou então elas vão infeccionar.
Quando olhei em seus olhos, me deparei com a descrença. Ele parecia desacreditado, como se um fantasma estivesse diante dele. Isso até que ele ri, balançando a cabeça para os lados.
— Eu matei um homem na sua frente. Esmaguei a cabeça dele com as minhas próprias mãos e é com os meus machucados que você está preocupada?! Você é louca, caralho?
