"Amamentando?"

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Fazer os gêmeos adormecerem se tornou mais uma missão impossível do que qualquer outra coisa.

O pai deles e eu tentamos incansavelmente de tudo: os deixamos pular e correr, de nada adiantou. Testamos contar histórias, e mesmo depois de seis crónicas, nada de sono. Por fim, deitamos na cama exaustos com os gêmeos no meio e muita relutância dos meninos em se aquietaram entre nós.

Fazer com que Arthur caísse no sono foi consideravelmente fácil se comparado ao seu irmão.

- Max, não puxa a minha blusa. - Pedi pela quarta vez.

Eu já estava cansada e Maurício, exausto.
Me deitei na cama o aninhando contra mim e acariciando sua cabeça, Maurício me encarava e trocamos sorrisos de cumplicidade antes de Maxwell roubar minha atenção novamente.

- Ai! - Gritei logo que o senti morder.

O pijama que eu estava vestindo era fresco, porém elástico, apesar de eu puxá-lo constantemente para cima, Max havia puxado para baixo outra vez quando deitamos, e antes que pudesse pará-lo, o menor desceu meu tope abocanhando o bico do seio exposto.

Tentei me sentar na cama para tirar de sua boca, mas isso serviu apenas para me machucar. Maurício por sua vez tentou afastar o filho de perto de mim, entretanto a dor se sobressaia e eu o pedia parar novamente.

Sempre tive os seios sensíveis, impedi-lo de sugar somente causaria ainda mais dor.

- Max, solta por favor. - Pedi.

- Não! - Ele grita e vence, por que não queremos que o pequeno acorde o irmão.

- Mas não tem nada aí pra você meu amor. - Tentei convencê-lo explicando.

- Eu quelo um pouquinho. - Ele pede mamando feito um bebê.

Eu sorrio de nervoso, esfrego a mão no rosto e penso positivo fingindo não me importar com a dor.

Suas mãos estão vagando por meu rosto e segundo a outro, seus dedos enroscaram em meu cabelo, o que o faz rir. Eu tenho vontade de chorar com a cena, pois é muito surreal, mas me contenho por que Maurício me observa também.

- Tudo bem, eu não me importo dele passar a noite no peito. Uma hora Max vai soltar. - Digo ao maior que concorda, no entanto se recusa a deitar de volta na cama.

Explico a Maurício que não estou desconfortável, quê apenas uma dorzinha chata, mas o mesmo insiste em que eu devia ser menos "boazinha". E com isso creio que ele queria dizer "tonta".

Quando não há mais o que fazer, nos deitamos próximos um do outro com Arthur apegado a ele, Maurício acaricia a cabeça de ambos os filhos e beija seus topos.

Posso sentir a respiração quente dele bate contra a pele nua do meu seio assim que ele se aproxima para dar boa noite ao filho, por um instante me arrepio, e logo em seguida sou obrigada a me acalmar que sinto estar perto de um ataque cardíaco.

Ele se afasta e quando creio que já terminou, seu rosto encara o meu e recebo um beijo da bochecha esquerda.

- Boa noite, Amanda.

Eu não o respondo de volta, estou sem voz. No lugar aceno com a cabeça e a encosto de volta no travesseiro.

A noite é tranquila, mas não troco de lado até que Maxwell larga o seio. Quando o menor o faz, tenho finalmente liberdade para me mover na cama, mas não consigo adormecer.

Desço para a cozinha, e volto em seguida para o quarto com um copo d'água na mão esquerda, antes que eu possa girar a maçaneta para entrar com a direita, a mesma é aberta e topo com Maurício de pé esfregando os olhos miúdos de sono.

- Água? - Ofereço.

- Não, eu não estou com sede, obrigado. - Ele diz e abre caminho pra que eu passe.

Estou indo em direção a cama quando percebo que ele apenas abre a porta e não sai.

- Não vai no banheiro?

- Não. - Responde já erguendo a coberta para se deitar.

- Então por que levantou? - Eu estava curiosa para entender.

- Estava indo te buscar, mas você voltou.

- Me buscar por que?

- Basta de perguntas Amanda, por que não deita de uma vez? - É ele quem me questiona e eu dou de ombros.

Ergo a coberta e me deito, Max volta a se enroscar em mim e ouço seu choramingo, enquanto sua mãozinhas palpam minha blusa outra vez.

Minuto a outro, eu retiro suas mãos de perto, mas elas não demoram a subir. Preciso dormir e desta vez me dou por vencida. Subo a blusa até um pouco acima do peito, tiro um dos seios para fora do tope e ofereço um deles ao pequeno. O menor logo agarra e volta a dormir tranquilo.

A sensação é como se formássemos algo mais profundo e termino acariciando seus cabelos enquanto ele dorme.

- Vocês dois são perfeitos. - Digo, mesmo os observando no escuro.

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Nota da autora:

Em primeiro lugar, perdão pela demora das postagens, estou com outros projetos fora da plataforma que estão exigindo mais atenção.

Em segundo, vocês estavam me pedindo muito nos comentários para ter amamentação, vou introduzir, mas será apenas em duas ou quatro situações no máximo, não terá lactação ou lactofilia (no caso, ela NÃO chegará a produzir leite ou amamentar Maurício em algum HOT). Se for muito pedido, posso pensar a respeito, mas as crianças tem quatro anos, acho difícil deixar isso como uma necessidade.

Me contem o que estão achando nos comentários, e mais uma vez me desculpem pelo atraso na quinzena. Beijos a vocês 💕

𝐕𝐢𝐯𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐮𝐦 𝐝𝐨𝐜𝐞 𝐜𝐥𝐢𝐜𝐡𝐞̂ 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐜𝐡𝐞𝐟𝐞 - IncomplWhere stories live. Discover now